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Mladic se nega a afirmar se é culpado ou inocente

O ex-general foi retirado à força da sala de audiências por discutir com juiz do tribunal

Na imagem reproduzida da TV, Ratko Mladic retira os fones de ouvido antes de ser retirado da sala de audiências (AFP)

Na imagem reproduzida da TV, Ratko Mladic retira os fones de ouvido antes de ser retirado da sala de audiências (AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2011 às 08h41.

Haia - O ex-chefe militar dos sérvios da Bósnia Ratko Mladic se negou a declarar culpa ou inocência nesta segunda-feira no Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia (TPII) de Haia.

"O tribunal adverte que o senhor será retirado da sala. Segurança, retire Mladic", declarou o juiz holandês Alfons Orie.

O ex-general foi retirado da sala de audiências depois de ter recebido diversas advertências do juiz Alfons Orie, o qual interrompeu de maneira reiterada, durante sua segunda audiência inicial no TPII.

O juiz Orie tomou nota de uma alegação de inocência em nome de Mladic, como está previsto no regulamento do tribunal.

Nesta segunda-feira, o acusado estava representado pelo mesmo advogado de ofício que o assessorou na primeira audiência, Aleksandar Aleksic. Sua equipe permanente de defesa ainda não foi designada.

Durante a primeira audiência, em 3 de junho, Mladic pediu um prazo adicional para examinar as acusações contra ele.

Ratko Mladic, de 69 anos, acusado de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos durante a Guerra da Bósnia (1992-1995), foi detido em 26 de maio na Sérvia, depois de passar 16 anos foragido.

Mladic é acusado em particular pelo massacre Srebrenica (Bósnia oriental) em julho de 1995, o mais grave cometido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, no qual foram executadas mais de 8.000 pessoas.

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