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Mistério solucionado? Australiano afirma ter descoberto paradeiro do voo da Malaysia Airlines

Vincent Lyne afirmou ter solucionado o enigma por trás do desaparecimento do avião, há uma década

Voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu em março de 2014 e, 10 anos depois, não foi encontrado nada sobre a aeronave. (Getty Images)

Voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu em março de 2014 e, 10 anos depois, não foi encontrado nada sobre a aeronave. (Getty Images)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 29 de agosto de 2024 às 10h45.

Um dos maiores mistérios da aviação moderna, o desaparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines, que ocorreu há uma década, continua a intrigar especialistas e o público em geral. Recentemente, Vincent Lyne, pesquisador australiano da Universidade da Tasmânia, afirmou ter solucionado o enigma por trás do desaparecimento do avião, que transportava 239 pessoas. Segundo Lyne, o piloto Zaharie Ahmad Shah teria planejado meticulosamente o acidente, fazendo com que o Boeing 777 caísse em uma área remota do Oceano Índico, onde seria difícil localizar os destroços. As informações são da Forbes.

O estudo de Lyne, que está prestes a ser publicado na Journal of Navigation, sugere que o piloto deliberadamente direcionou a aeronave para uma região de difícil acesso, com o objetivo de esconder o avião. A teoria é uma das várias que surgiram desde que o voo MH370 desapareceu em março de 2014, enquanto viajava de Kuala Lumpur para Pequim. A falta de evidências concretas até agora tem levado a inúmeras especulações, incluindo teorias sobre ciberterrorismo e falhas técnicas.

Acidente do MH370

O voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu em 8 de março de 2014, após perder contato com os controladores de tráfego aéreo menos de uma hora após decolar de Kuala Lumpur. O avião, um Boeing 777, estava a caminho de Pequim com 227 passageiros e 12 tripulantes a bordo. O desaparecimento do MH370 desencadeou uma das maiores e mais complexas operações de busca da história da aviação, envolvendo múltiplos países e tecnologias avançadas. Apesar dos esforços, os destroços da aeronave nunca foram localizados, e o mistério sobre o que realmente aconteceu continua a desafiar especialistas até hoje.

Enquanto a teoria de Lyne ganha atenção, especialistas, como o jornalista Jeff Wise, que cobre o setor de aviação, alertam que o caso do MH370 é complexo e requer uma análise detalhada de múltiplos fatores, como comunicações via satélite, biologia marinha e operações de aeronaves. Wise, que participou de documentários e podcasts sobre o MH370, argumenta que a teoria de Lyne deve ser abordada com cautela e que apenas a recuperação dos gravadores de voo poderá fornecer as respostas definitivas.

Lyne baseia suas conclusões na análise de partes da aeronave encontradas anteriormente, sugerindo que o dano observado é consistente com uma aterrissagem controlada na água, semelhante à realizada pelo capitão Chesley “Sully” Sullenberger no famoso pouso no rio Hudson, em 2009. No entanto, esta visão é contestada por outros especialistas, que argumentam que os destroços indicam que as asas da aeronave não estavam em posição de pouso, contradizendo a teoria de uma aterrissagem controlada.

O interesse contínuo em torno do desaparecimento do MH370 reflete o fascínio da sociedade por mistérios não resolvidos, particularmente na aviação. Para muitos, a ideia de um avião desaparecendo sem deixar vestígios é uma questão de grande intriga e preocupação, especialmente para as famílias dos passageiros, que continuam a buscar respostas e justiça.

Lyne acredita que a localização dos destroços no Oceano Índico deve ser verificada como uma prioridade. Se a sua teoria estiver correta, isso poderia finalmente trazer algum alívio para as famílias das vítimas e talvez levar a novas medidas de segurança na aviação. O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, já declarou que reabriria a investigação se surgirem novas evidências convincentes.

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