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Míssil deixa 31 mortos na Síria

Em Aleppo, ao menos 31 pessoas morreram - entre elas 14 crianças e cinco mulheres - e outras dezenas de pessoas ficaram feridas pela queda de um míssil terra-terra


	Sírios num local destruído após bombardeio em Aleppo: "é um bairro popular de moradias de baixa qualidade. Um único míssil destruiu todo o setor"
 (AFP)

Sírios num local destruído após bombardeio em Aleppo: "é um bairro popular de moradias de baixa qualidade. Um único míssil destruiu todo o setor" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 21h12.

Damasco - Aleppo enterrou nesta terça-feira 31 pessoas, entre elas 14 crianças, mortas por um míssil terra-terra que atingiu um bairro desta cidade ao norte da Síria, em um dia em que dois morteiros caíram próximos ao palácio presidencial em Damasco, pela primeira vez em quase dois anos de conflito.

Nesta terça-feira, dois aviões russos carregados com toneladas de ajuda humanitária chegaram ao aeroporto de Latakia (noroeste). Um deles transportou de volta à Rússia centena de cidadãos que desejavam abandonar o país diante do aumento dos combates entre rebeldes e soldados do regime.

A Rússia, principal aliada do regime de Bashar al-Assad, anunciou que no dia 25 de fevereiro receberá o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Mualem, e no início de março o líder da oposição, Ahmed Moaz al-Katib, para tentar mediar o conflito que já deixou cerca de 70 mil mortos, segundo as Nações Unidas.

Em Aleppo, ao menos 31 pessoas morreram - entre elas 14 crianças e cinco mulheres - e outras dezenas de pessoas ficaram feridas pela queda de um míssil terra-terra no bairro de Rabal Adro, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Foi claramente um míssil terra-terra devido a amplitude da destruição e o fato de ter sido apenas um único disparo, sem que os habitantes tenham notado o sobrevoo de aeronaves do regime", informou o OSDH.


"É um bairro popular de moradias de baixa qualidade. Um único míssil destruiu todo o setor", ressaltou Abu Hicham, um militante de Aleppo.

Em Tal-Aran, no sudeste da província de Aleppo, chegaram reforços militares. "Querem prevenir que os rebeldes tomem o aeroporto internacional de Aleppo", o segundo em importância depois de Damasco, afirmou Rami Abdel Rahmane, diretor do OSDH.

Pela primeira vez desde o início da revolução, em 15 de março de 2011, dois morteiros "foram lançados por terroristas em direção à ala sul do palácio Techrine, provocando danos materiais", informou a agência oficial Sana.

Os disparos atingiram as fachadas de dois hospitais situados a centenas de metros do palácio, no oeste da capital.


O conselho militar do Exército Sírio Livre (ESL), o principal ator da rebelião, reivindicou em sua página do Facebook a autoria do disparo contra o palácio.

Nesta terça-feira, a violência causou na Síria 40 mortos, de acordo com um balanço preliminar do OSDH.

Já no oeste do país, um dos aviões russos que aterrissou em Latakia evacuou centenas de russos, principalmente mulheres e crianças de diferentes partes da Síria, segundo responsáveis citados pelos meios de comunicação russos.

Devido à guerra, mais de quatro milhões de pessoas necessitam de ajuda humanitária no país, apontou a ONU, que chamou a atenção para as dificuldades na distribuição da ajuda em razão da recusa do regime de permitir o fornecimento passando pela fronteira com Turquia, país que apoia os rebeldes.

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