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Mísseis russos derrubam energia na Ucrânia e Moldávia; Otan investiga ataque que matou 2 na Polônia

O secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, pediu esclarecimentos sobre os relatos de que mísseis russos podem ter caído na Polônia durante o bombardeio à Ucrânia

Moradores de Kiev refugiados em abrigo antiaéreo: mísseis russos derrubaram a energia de 7 milhões de residências (Agência France Presse/AFP)

Moradores de Kiev refugiados em abrigo antiaéreo: mísseis russos derrubaram a energia de 7 milhões de residências (Agência France Presse/AFP)

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AFP

Publicado em 15 de novembro de 2022 às 19h43.

Última atualização em 15 de novembro de 2022 às 19h46.

A Rússia lançou uma série de mísseis contra a Ucrânia nesta terça-feira, derrubando a energia de mais de 7 milhões de residências e causando apagões na vizinha Moldávia.

O governo da Polônia, um país da Otan, convocou uma reunião de emergência de seu Conselho de Segurança Nacional, após a publicação de relatos de ataques de mísseis russos perto de sua fronteira com a Ucrânia.

A Hungria também convocou seu Conselho de Defesa.

LEIA TAMBÉM: Pentágono investiga queda de mísseis russos que mataram 2 na Polônia; país é membro da Otan

O que disse a Otan

Nos Estados Unidos, o porta-voz do Pentágono indicou ter "conhecimento de notícias da imprensa que dizem que dois mísseis russos atingiram o interior da Polônia ou a fronteira com a Ucrânia", especificando que até agora lhe faltam elementos "para confirmar que houve um ataque."

A Otan também indicou que "investiga" esses relatórios.

Seu secretário-geral, Jens Stoltenberg, pediu esclarecimentos sobre os relatos de que mísseis russos podem ter caído na Polônia durante o bombardeio à Ucrânia.

A Otan "monitora a situação e é importante que todos os fatos sejam apurados", tuitou Stoltenberg, depois de informar que conversou com o presidente polonês Andrzej Duda, a quem ofereceu "condolências" pelas vítimas de uma "explosão".

A Rússia chamou esses relatos de "provocação intencional visando agravar a situação".

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que tem pedido mais ajuda ocidental, acusou Moscou de causar uma "escalada muito significativa" do conflito ao bombardear a Polônia.

Como os mísseis afetam a Ucrânia

A Rússia lançou uma centena de mísseis durante o dia contra várias cidades ucranianas, incluindo Kiev, a capital, visando principalmente "infraestruturas de energia", informou o exército ucraniano.

Os ataques deixaram "mais de sete milhões de usuários" sem eletricidade, disse o vice-chefe de gabinete do presidente ucraniano, Kirilo Timoshenko. "A situação é crítica", alertou.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, relatou que pelo menos "metade" dos habitantes da capital estava sem eletricidade. Também na vizinha Moldávia houve cortes de energia.

Os ataques russos ocorrem quatro dias após a humilhante retirada das forças de Moscou da área de Kherson, incluindo da capital regional de mesmo nome, após quase nove meses de ocupação.

O que disse Zelensky

A série de bombardeios russos coincide com a cúpula do G20 em Bali, na Indonésia.

O presidente Zelensky afirmou que esses ataques maciços constituem um "tapa na cara do G20".

"Este ato de genocídio dos ucranianos em resposta ao meu plano de paz é um tapa cínico na cara do G20 e do mundo", disse Zelensky na internet.

O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, que representou seu país em Bali, acusou a Ucrânia de impedir as negociações de paz ao exigir que as tropas russas deixem todo o território.

A Rússia controla grandes porções do leste desde 2014, que anexou formalmente após a invasão.

"Todos os problemas vêm do lado ucraniano, que rejeita categoricamente as negociações e avança com demandas manifestamente irrealistas", disse Lavrov.

LEIA TAMBÉM: Presidente da Ucrânia visita a cidade de Kherson após retirada de tropas russas

 

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