Florencia - Uma missão formada pelo enviado especial do governo da França e a ex-senadora colombiana Piedad Córdoba chegará nesta terça-feira à cidade de Florencia (sul) para participar na quarta-feira da libertação do jornalista francês Romeo Langlois por parte das Farc, informou a Cruz Vermelha.

"A princípio, todos os integrantes da missão humanitária estarão hoje (terça-feira) em Florencia, caso não haja um contratempo", explicou à AFP Daniel Muñoz, delegado do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) no departamento de Caquetá, cuja capital é Florencia.

"Nesta terça-feira teremos mais reuniões preparatórias para a libertação", completou.

Há duas semanas, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a principal guerrilha do país, anunciaram sua intenção de entregar unilateralmente Langlois a uma missão formada por um emissário do novo presidente francês, François Hollande, pela ex-senadora e facilitadora Córdoba e pelo CICV.

O emissário francês Jean-Baptiste Chauvin, alto funcionário do Departamento para América Latina e o Caribe da chancelaria francesa, já está na Colômbia.

A Cruz Vermelha está à espera de que os guerrilheiros informem a área onde Langlois poderá ser resgatado por via terrestre ou fluvial.

Na tarde desta terça-feira deve ocorrer a suspensão das atividades militares nessa região enquanto a informação precisa do local da entrega é esperada para a quarta-feira.

Langlois, um correspondente da emissora France 24 de 35 anos, está em poder das Farc desde 28 de abril, quando a patrulha militar com a qual se deslocava para fazer uma reportagem sobre operações de combate às drogas foi atacada por guerrilheiros em Caquetá.

Na segunda-feira foram divulgadas as primeiras imagens de Langlois em aparente bom estado de saúde enquanto era atendido por guerrilheiros após ter sofrido um ferimento superficial no braço causado por um tiro.

As Farc travam há mais de 45 anos uma luta armada contra o Estado colombiano e contam atualmente com 9.200 combatentes, de acordo com o Ministério da Defesa.

Em fevereiro anunciaram o fim do sequestro de civis com fins de extorsão econômica, e em abril libertaram os últimos dez policiais e militares que mantinham como reféns.