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Missão de UE, FMI e BCE revisa condições do resgate na Irlanda

Durante os próximos dez dias, a chamada troika avaliará os progressos produzidos pelo governo irlandês para lidar com sua dívida econômica

O governo e a troika também devem abordar a questão da venda de bens estatais e a introdução de outras medidas de ajuste em forma de impostos (Steve/Wikimedia Commons)

O governo e a troika também devem abordar a questão da venda de bens estatais e a introdução de outras medidas de ajuste em forma de impostos (Steve/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2011 às 07h08.

Dublin - Uma missão conjunta de União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) revisa desde esta terça-feira em Dublin o cumprimento das condições do resgate econômico aprovado há um ano para a Irlanda.

Durante os próximos dez dias a chamada troika avaliará os progressos produzidos pelo governo irlandês, reforçados pelas previsões que indicam um modesto crescimento de sua economia em 2011 e 2012.

Trata-se da quarta revisão trimestral feita por esses organismos internacionais desde que em novembro do ano passado o Executivo irlandês aceitou um pacote de ajuda avaliado em 85 bilhões de euros.

O resultado de sua análise será apresentado no próximo dia 21 em um novo Memorando de Entendimento, que formará as bases da política econômica de Dublin para o trimestre seguinte.

Um período de absoluta importância, já que em dezembro o Governo apresentará, pela primeira vez desde que acedeu ao poder, em fevereiro, o Orçamento Geral para 2012.

Neste sentido, a troika quer examinar quais são as medidas de ajuste adotadas para economizar 3,6 bilhões de euros durante o próximo ano, de modo que possa reduzir seu déficit público para 8,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

Pelo planejamento irlandês, 1,5 bilhão de euros irão parar nos cofres do Estado através de impostos adicionais, enquanto os 2,1 bilhões restantes serão obtidos graças a uma severa redução dos gastos públicos, apesar de o governo ter prometido que não modificará o regime fiscal nem os subsídios sociais.

O governo e a troika também devem abordar a questão da venda de bens estatais e a introdução de outras medidas de ajuste em forma de impostos, como um destinado a taxar os imóveis.

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