Palestinas protestam contra o plano de Trump a ser apresentado no Bahrein
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2019 às 07h04.
Última atualização em 25 de junho de 2019 às 08h23.
Depois de reafirmar que não deseja uma guerra contra o Irã, o presidente americano Donald Trump testa nesta terça-feira sua abordagem econômica como para o Oriente Médio.
Diplomatas americanos apresentam numa conferência no Bahrein um ambicioso planos de 50 bilhões de dólares em investimentos na Palestina. O documento que detalha o projeto tem 96 páginas e foi divulgado ontem sem citar a ocupação de Israel ou as divisões entre Gaza a Cisjordânia. Segundo a Casa Branca, essas pautas devem ser incluídas ao pacote em novembro.
O responsável por apresentar o plano é o genro de Trump, Jared Kushner. Ele deve destacar a combinação de doações, empréstimos subsdiados e investimentos para os próximos dez anos. No sábado, Kushner divulgou um comunicado em que afirma que trata-se de “uma visão do que é possível se houver paz”. A meta é criar um milhão de empregos e dobrar o PIB da Palestina, segundo a agência Reuters. O objetivo final é pressionar a autoridade palestina a considerar um acordo de paz com Israel à luz das possibilidades econômicas.
Colocar a economia como cenoura para resolver questões complexas é a abordagem de Trump para a China, o México, a Europa, o Oriente Médio. Em um vizinho da Palestina a estratégia ganhou novo capítulo ontem, quando Trump impôs uma nova leva de sanções ao Irã. O plano é forçar os iranianos a sentar à mesa de negociações. Não tem dado muito certo. Em conferência nesta terça-feira, o presidente iraniano, Hassan Rohani, diz que a via diplomática está fechada “de maneira permanente”.
O plano palestino também tem poucas chances de ir além de uma visão futurista. O evento de lançamento não terá representantes nem da Palestina, nem de Israel, o que faz com que sua viabilidade seja posta em xeque já na largada. Uma leva de protestos foi organizada contra o projeto futurista de Trump nesta terça-feira, em Gaza.