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Ministros dos Exteriores chinês e norte-coreano se reúnem

A reunião foi a primeira em 2 anos e ocorre após o líder da Coreia do Norte transmitir ao presidente da China sua vontade de avançar nas relações bilaterais


	Ri Yong-ho: os países estão separados por fortes diferenças, principalmente sobre o programa de armas nucleares e de destruição em massa
 (Jorge Silva/Reuters)

Ri Yong-ho: os países estão separados por fortes diferenças, principalmente sobre o programa de armas nucleares e de destruição em massa (Jorge Silva/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2016 às 09h41.

Pequim, 25 jul (EFE).- Os ministros de Relações Exteriores da China e Coreia do Norte, Wang Yi e Ri Yong-ho, respectivamente, mantiveram nesta segunda-feira o primeiro encontro dos últimos dois anos, com o objetivo de melhorar relações após a deterioração dos laços entre os dois aliados históricos, segundo o jornal chinês "Global Times".

O jornal oficial, que mostra várias fotos do encontro, acrescenta que a Polícia Militar escoltou o ministro norte-coreano até levá-lo ao local do encontro, que aconteceu às margens da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) em Vientiane, Laos.

Wang garantiu sua intenção de "trocar pontos de vista sobre assuntos de preocupação mútua, além de sobre as relações entre ambos países".

A reunião ocorre semanas depois que, em 1 de julho, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, transmitiu ao presidente da China, Xi Jinping, sua vontade de avançar nas relações bilaterais.

"Temos a vontade de desenvolver junto com os amigos chineses a amizade largamente enraizada na história entre Coreia e China, como requer o novo século", afirmou Kim em carta de felicitação a seu colega de Pequim pelo 95° aniversário do Partido Comunista da China (PCCh) em 25 de junho.

A mensagem foi enviada em um momento no qual ambos países estão separados por fortes diferenças, principalmente em relação ao programa de armas nucleares e de destruição em massa de Pyongyang.

Em março a China votou a favor das sanções do Conselho de Segurança da ONU ao regime de Kim Jong-un por seus testes nuclear e de mísseis de longo alcance realizados este ano.

A efetividade destas sanções, que tratam de afogar a economia norte-coreana com fortes restrições comerciais, depende em grande parte da severidade com o fim das aplique Pequim, o maior parceiro comercial de Pyongyang.

Além da reunião atual e da mensagem do líder norte-coreano a Xi, ambas partes deram outras mostras recentes de aproximação, como a visita do vice-presidente do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte (PTC), Ri Seu-yong, a Pequim há cerca de um mês, quando se reuniu com o presidente da China.

Apesar das diferenças, ambos países são unidos atualmente pela oposição ao acordo alcançado entre Estados Unidos e Coreia do Sul para o desdobramento do escudo antimísseis THAAD no último país, em resposta às ameaças norte-coreanas. 

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