Detalhe de uma pipeta com "Aedes aegypti": no encontro, as autoridades também devem abordar os surtos de dengue e chikungunya (AFP)
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2016 às 16h53.
Atendendo a pedidos da presidente Dilma Roussef, ministros da Saúde de Brasil, Paraguai, Chile, Colômbia, Peru, México, Guiana, Uruguai e as autoridades da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) se reunirão nesta quarta-feira em Montevidéu para discutir a crise sanitária causada pelo zika vírus.
No encontro, as autoridades também devem abordar os surtos de dengue e chikungunya.
"Os ministros confirmados são os do Brasil, Peru, Chile, Paraguai, Colômbia, México e Guiana, e as autoridades da OPAS", disseram à AFP a partir do departamento de comunicação do Ministério da Saúde Pública do Uruguai, país anfitrião.
O objetivo do encontro é analisar a situação sanitária continental relacionada ao zika vírus, mas também analisar a dengue e o vírus chikungunya. O mosquito Aedes aegypti, vetor dos três, também estará na agenda.
Dilma disse durante a cúpula da Celac que é necessária uma ação "de cooperação no combate ao zika vírus".
Na segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou "emergência sanitária internacional" pelo vírus do zika e anunciou a criação de uma unidade global para responder ao aumento de casos registrados. Também manifestou seu temor de que a epidemia se estenda pela África e a Ásia.
América do Sul é até o momento a região com maior número de casos relatados, particularmente o Brasil, com mais de 1,5 milhões de infectados desde abril, e a Colômbia, com 22.000 casos.
A OMS disse que há uma relação "fortemente suspeita" entre o zika e o aumento excepcional na América Latina de casos de microcefalia, uma má-formação congênita em crianças que nascem com cabeça e cérebro anormalmente pequenos.
O vírus foi descoberto em uma floresta de Uganda chamada zika, em 1947.