O documento aprovado pelo gabinete da chanceler alemã, Angela Merkel, sancionou o aumento do volume disponível para empréstimos concedidos aos países em dificuldades (Uwe Anspach/AFP)
Da Redação
Publicado em 31 de agosto de 2011 às 10h18.
Berlim - O conselho de ministros alemão aprovou nesta quarta-feira a reforma do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês), estipulada em 21 de julho na cúpula de líderes da União Europeia (UE) e que concede ao órgão mais recursos para frear a crise da dívida.
Em sua reunião semanal, os ministros do governo de centro-direita alemão sancionaram o projeto de lei que reforça este mecanismo. Agora, ele passará pelo Parlamento federal, como obriga a Constituição alemã, para que seja estudado e ratificado, o que prolongará o processo até o final de setembro.
O documento aprovado pelo gabinete da chanceler alemã, Angela Merkel, sancionou o aumento do volume disponível para empréstimos que o EFSF pode conceder aos países em dificuldades financeiras e permitiu ao organismo adquirir bônus soberanos.
Assim, o fundo de resgate contará com 440 bilhões de euros e os estados da zona do euro deverão fornecer 780 bilhões de euros em garantias, dos quais 211 bilhões de euros proviriam da Alemanha (27%).
O objetivo desta reforma é favorecer a estabilidade dos países com problemas de crédito, como a Grécia, Portugal e Irlanda, e de seus respectivos setores financeiros, assim como a do conjunto da zona do euro e sua moeda comum.
O projeto de lei não mencionou o grau de decisão do Parlamento alemão na aprovação de certas medidas do EFSF, um dos pontos mais polêmicos dos acordos de 21 de julho para os partidos do país.
Neste sentido, Merkel deve se reunir nesta quarta-feira com os porta-vozes de todos os grupos parlamentares para explicar detalhadamente o projeto de lei aprovado e buscar seu apoio.