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Ministro somali é morto por seguranças da sede do governo

Abbas Abdullahi Siraji, ministro de Obras Públicas, foi baleado ao entrar no palácio presidencial, por estar em um veículo considerado "suspeito"

Ministro: com 31 anos, ele era era o ministro mais jovem do novo gabinete somali (Wikimedia Commons/Divulgação)

Ministro: com 31 anos, ele era era o ministro mais jovem do novo gabinete somali (Wikimedia Commons/Divulgação)

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EFE

Publicado em 4 de maio de 2017 às 06h27.

Mogadíscio - O ministro de Obras Públicas da Somália, Abbas Abdullahi Siraji, morreu na noite de quarta-feira, baleado por guardas de segurança em frente ao palácio presidencial em Mogadíscio, capital do país, de acordo com informações divulgadas por fontes do governo.

Abdullahi, de 31 anos, morreu depois que os guardas atiraram contra o carro em que ele entrava no palácio presidencial, pois consideraram que se tratava de um "veículo suspeito".

Ele era era o ministro mais jovem do novo gabinete somali, formado após as históricas eleições presidenciais realizadas no dia 8 de fevereiro deste ano.

O presidente da Somália, Mohamed Abdullahi "Farmajo", anunciou que voltaria de sua viagem para Etiópia para comparecer hoje ao funeral do ministro que acontecerá na capital.

"Farmajo" ordenou a detenção dos responsáveis e quatro dos guardas já foram presos, segundo a imprensa local.

"Cancelei minha visita para assistir o enterro de meu ministro", disse, comovido, o presidente após tomar conhecimento do incidente.

Abdullahi era membro do Parlamento pela cidade de Kismayo, embora tenha crescido no campo de refugiados de Dadaab, no norte do Quênia e muito perto da fronteira com a Somália.

Ele foi o primeiro refugiado que retornou para a Somália e se tornou ministro, se transformando em um símbolo de esperança para os centenas de milhares de refugiados somalis que tiveram que fugir para países vizinhos por conta da violência e falta de alimentação.

Abbas Abdullahi fazia parte do novo governo composto por 25 membros, seis deles mulheres, que tinham como principal desafio a reconstrução de um país devastado pela guerra, terrorismo e a fome.

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