Bashar al-Assad: "O que está acontecendo na Síria é definido como genocídio, sob todas suas classificações", assegurou o ministro (SANA/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de maio de 2017 às 10h36.
Jerusalém - O ministro de Habitação israelense, Yoav Galant, disse nesta terça-feira que está na "hora de eliminar" o presidente da Síria, Bashar al-Assad, e que o regime sírio está cometendo o pior genocídio desde o nazismo.
"A realidade é que as pessoas são executadas na Síria, sendo atacadas deliberadamente por armas químicas, têm seus corpos queimados, algo que não vimos em 70 anos. Estamos cruzando uma linha vermelha e é hora de eliminar Assad. Literalmente", disse Galant, membro do Conselho de Segurança Nacional e tenente-general do Exército na reserva, informou o jornal "Jerusalem Post".
As declarações de Galant, durante a Conferência Internacional em Guerra de Terreno e Logística em Latrun (nos arredores de Jerusalém) ocorrem após a divulgação nos EUA que o regime de Assad teria usado um crematório para queimar corpos de assassinados na prisão de Sidnaya, nos arredores de Damasco, uma informação que em Israel traz de volta à memória o Holocausto.
Em uma entrevista entrevista à emissora do Exército também nesta terça-feira, Galant apontou que o regime de Assad está cometendo um genocídio e que é o pior regime desde o dos nazistas.
"O que está acontecendo na Síria é definido como genocídio, sob todas suas classificações", assegurou o ministro, que acrescentou que o interesse de Israel é que o governo do Assad caia e seja substituído por um presidente "sunita moderado".
Segundo Galant, o governo de Barack Obama cometeu "um erro estratégico" ao tentar estabelecer boas relações com países xiitas, em vez de apoiar os regimes sunitas.
"O que está por trás da Síria é (a milícia xiita libanesa) Hezbollah, que é apoiada pelo Irã. O Irã é um perigo para a segurança de todo o mundo. O Irã é o problema, não a solução", disse o ministro israelense.
O presidente de Israel, Reuven Rivlin, fez declarações sobre Síria nesta terça-feira e agradeceu ao novo embaixador americano em Israel, David Friedman, pela intervenção militar dos EUA nesse país, o que, segundo ele, demonstrou ao regime de Assad "que as linhas vermelhas não podem ser cruzadas". EFE