O ministro espanhol das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo: o representante do governo garantiu que "conclamar o diálogo não deve ser motivo de represálias". (Yiannis Kourtoglou/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2013 às 14h22.
Madri - O ministro espanhol de Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, disse nesta terça-feira que não pedirá desculpas por suas declarações sobre as eleições venezuelanas, garantindo que suas palavras foram distorcidas, e que tudo não passa de um "mal-entendido".
O representante do governo garantiu que "conclamar o diálogo não deve ser motivo de represálias". As declarações foram dadas durante fórum realizado em Madri, um dia depois de que o embaixador venezuelano convocou para consultas seu embaixador em Madri, para analisar os comentários do ministro espanhol.
O chefe da diplomacia espanhola se disse "surpreso" pela reação da Venezuela, já que, disse apenas que estava atento ao fato de que o Conselho Nacional Eleitoral tinha declarado Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais venezuelanas e que líder da oposição, Henrique Capriles, pediu a recontagem dos votos.
García-Margallo ainda afirmou que esta solicitação deveria ocorrer de acordo com a legislação venezuelana e que, caso, aconteça a recontagem, que seja feita com rapidez. Se não houver, o ministro garantiu que Maduro é o presidente eleito.
"Minhas palavras são muito medidas e coincidem com o afirmado pela União Europeia, a OEA, Estados Unidos", garantiu o chanceler espanhol.
"Não há nada que retificar. O que eu acho é que houve um mal-entendido. Não há motivo para fazer represálias", completou García-Margallo, que ofereceu a gravação completa do seu discurso para o governo venezuelano.
Perguntado se a Espanha enviará representante para a posse de Maduro, o ministro garantiu que não se recebeu nenhum convite para o ato de sexta-feira. "Espanha estará presente, o que não sei é a que nível".