Mundo

Ministro do Interior da Coreia do Sul investigado por insurreição pede demissão

Parlamento já havia aprovado impeachment de Lee Sang-min em 2023, devido à tragédia de Dia das Bruxas em Itaewon, que vitimou 159 pessoas, mas decisão foi revertida em julho

Manifestantes seguram cartazes com os dizeres "Yoon Suk Yeol impeachment!" durante um comício à luz de velas pedindo a deposição do presidente da Coreia do Sul. (JUNG Yeon-je/AFP)

Manifestantes seguram cartazes com os dizeres "Yoon Suk Yeol impeachment!" durante um comício à luz de velas pedindo a deposição do presidente da Coreia do Sul. (JUNG Yeon-je/AFP)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 8 de dezembro de 2024 às 11h33.

O ministro do Interior da Coreia do Sul, Lee Sang-min, apresentou pedido de demissão neste domingo, após a declaração fracassada da lei marcial que provocou uma profunda crise política no país, informou a imprensa. Lee renunciou "em um grave reconhecimento de sua responsabilidade por não servir bem aos cidadãos e ao presidente", afirmou o jornal JoongAng Ilbo.

O presidente Yoon Suk-Yeol aceitou o pedido de demissão, informou o veículo.

O principal partido da oposição anunciou que fará uma nova tentativa de aprovar o impeachment do presidente no dia 14 de dezembro, após o fracasso de uma moção de destituição submetida à votação neste sábado no Parlamento.

"Yoon (...) deve renunciar de maneira imediata ou ser acusado sem demora", declarou o líder do Partido Democrata, Lee Jae-Myung, à imprensa neste domingo.

"Em 14 de dezembro, o Partido Democrata acusará Yoon, em nome do povo", acrescentou.

O presidente sul-coreano sobreviveu à moção de impeachment graças ao boicote dos deputados de seu partido e em meio a grandes protestos massivos nas ruas. A decisão de Yoon de declarar a lei marcial na semana passada, que ele foi obrigado a revogar algumas horas depois, desencadeou uma profunda crise política no país.

Yoon e o ministro Lee estão sendo investigados por suposta insurreição.

Em fevereiro do ano passado, o Parlamento aprovou o impeachment de Sang-min, decisão que foi revertida em julho do mesmo ano pela Justiça. Para a Casa, ele deveria assumir a responsabilidade pelas vidas de 159 pessoas que morreram pisoteadas no popular bairro de Itaewon, em Seul, durante uma comemoração do Dia das Bruxas.

Acompanhe tudo sobre:Coreia do SulImpeachment

Mais de Mundo

Trump assina ordens impondo tarifas de 25% para México e Canadá e 10% para a China

Trump diz que Venezuela 'aceitou' receber migrantes deportados, incluindo criminosos

Papa Francisco se desequilibra após quebrar parte da bengala

Israel pede informações de crianças reféns após libertação de pai neste sábado