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Ministro de Israel ordena que Exército prepare plano de saída voluntária dos moradores de Gaza

Comunicado de Israel Katz é feito um dia depois de Donald Trump propor que os EUA assumam controle da região e tonem lugar destino de luxo turístico

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 6 de fevereiro de 2025 às 07h37.

O ministro israelense da Defesa, Israel Katz, ordenou nesta quinta-feira, 6, que o Exército prepare um plano para a saída voluntária da população da Faixa de Gaza, após as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre um possível deslocamento dos habitantes de Gaza.

"Pedi ao Exército israelense para preparar um plano para permitir que os habitantes de Gaza saiam voluntariamente", afirmou em um comunicado.

O objetivo é permitir "a saída de qualquer residente de Gaza que deseje, para qualquer país que os aceite", acrescentou.

"O plano incluirá opções de saída através das passagens terrestres, assim como medidas especiais para saídas por mar e ar", completou.

A instrução parece integrada à polêmica ideia apresentada por Trump de "limpar" Gaza e transferir seus habitantes para países próximos, como Egito e Jordânia.

"Riviera em Gaza"

Na terça-feira, durante uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Trump foi além e propôs que os Estados Unidos assumam "o controle da Faixa de Gaza" e a transformem em um destino turístico de luxo.

Katz celebrou "o plano audacioso de Trump, que permitiria a uma ampla parte da população de Gaza a realocação em diversos lugares do mundo".

O ministro considerou que isso ajudará os moradores de Gaza que desejarem a "integrar-se bem nos países de acolhida e também facilitará o avanço dos programas de reconstrução para uma Gaza desmilitarizada e livre de ameaças".

Katz não explicou se o plano contempla a permissão de trânsito por Israel dos habitantes de Gaza que desejarem partir para o exílio.

No momento, Israel proíbe que os habitantes de Gaza deixem o território e o único ponto de passagem para o Egito está aberto apenas para transferências médicas, que acontecem de maneira muito limitada.

Além disso, o único aeroporto de Gaza foi destruído durante a Segunda Intifada (2000-2005) e o território não possui um porto para o transporte de passageiros.

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