Mundo

Ministro da Cultura espanhol renuncia após acusação de fraude ao Fisco

Màxim Huerta foi sancionado judicialmente em 2017 por impostos não pagos em 2006, 2007 e 2008, segundo reportagem divulgada na imprensa do país

Huerta: ex-ministro explicou à imprensa que, de 2006 a 2008. fez declaração de imposto de renda através de uma sociedade, o que era permitido (Juan Medina/Reuters)

Huerta: ex-ministro explicou à imprensa que, de 2006 a 2008. fez declaração de imposto de renda através de uma sociedade, o que era permitido (Juan Medina/Reuters)

E

EFE

Publicado em 13 de junho de 2018 às 15h36.

Madri - O novo ministro de Cultura e Esporte da Espanha, Màxim Huerta, renunciou nesta quarta-feira, apenas uma semana depois de chegar ao cargo, após vir à tona uma notícia de que ele teria fraudado o Fisco espanhol em 218 mil euros e, por isso, precisou pagar 366 mil.

"Estou saindo porque amo a Cultura", disse Huerta, que defendeu em um pronunciamento à imprensa a sua inocência e garantiu ter sido vítima de "uma matilha", em referência às críticas recebidas.

"A inocência não vale de nada para esta matilha", ressaltou hoje o agora ex-ministro de Cultura e Esporte da Espanha.

Huerta compareceu ao Palácio de La Moncloa, sede do Executivo espanhol, para apresentar sua renúncia ao presidente de governo, Pedro Sánchez, e disse que "há momentos em que é preciso sair de cena" em seu pronunciamento à imprensa.

O jornal espanhol "El Confidencial" publicou hoje uma notícia de que Huerta foi sancionado judicialmente em 2017 por impostos não pagos em 2006, 2007 e 2008, quando trabalhava na televisão e declarava sua renda como uma sociedade mercantil.

O ex-ministro explicou à imprensa que, naqueles anos, fez sua declaração de imposto de renda através de uma sociedade, o que era permitido naquele momento e que representava uma taxação inferior do que se ele tivesse declarado como renda pessoal.

O jornalista e escritor, de 47 anos, se transformou no ministro que menos tempo ficou à frente de um ministério na Espanha no período democrático, já que só permaneceu no cargo por uma semana.

Acompanhe tudo sobre:EspanhaPolíticaSonegação fiscal

Mais de Mundo

EUA se recusam a chamar Rússia de agressora em esboço de declaração do G7 sobre a guerra na Ucrânia

Juiz rejeita pedido de sindicatos que tentavam impedir governo Trump de realizar demissões em massa

Trump decide encerrar proteção temporária para haitianos nos EUA

Ucrânia denuncia ataques russos diários contra infraestrutura de gás do país