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Ministro argentino do Planejamento dá ultimato à Vale

"A empresa violou a segurança jurídica e as leis da Argentina e de Mendoza, em particular, que outorgou a permissão de concessão", declarou Julio De Vido


	O ministro do Planejamento, Julio De Vido: De Vido também acusou a empresa de "não cuidar de seu caixa" e de tentar transferir ao Estado "suas milionárias perdas em nível mundial.
 (©AFP/Arquivo / str)

O ministro do Planejamento, Julio De Vido: De Vido também acusou a empresa de "não cuidar de seu caixa" e de tentar transferir ao Estado "suas milionárias perdas em nível mundial. (©AFP/Arquivo / str)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Buenos Aires - O governo da Argentina elevou o tom nas discussões com a mineradora brasileira Vale, que na última segunda-feira anunciou a suspensão do projeto Potássio Rio Colorado, na província de Mendoza, e sinalizou que a empresa pode perder a concessão do empreendimento. "A empresa violou a segurança jurídica e as leis da Argentina e de Mendoza, em particular, que outorgou a permissão de concessão. E, se não a exploram, vão perdê-la", ameaçou o ministro do Planejamento da Argentina, Julio De Vido, em discurso realizado na Casa Rosada, nesta quarta-feira.

De Vido alertou que o governo pode se amparar na lei para adotar sanções contra a Vale. "A segurança jurídica em questão de investimentos é um caminho de dupla via, de ida e volta. O Estado deve cumprir (a legislação), mas as empresas investidoras também devem cumprir", afirmou o ministro, indicando que a província de Mendoza pode rescindir o contrato da Vale. Segundo ele, o governo respeitou a segurança jurídica, enquanto "a mineradora buscava uma cotação de câmbio diferenciada e salvar suas dívidas".

De Vido também acusou a empresa de "não cuidar de seu caixa" e de tentar transferir ao Estado "suas milionárias perdas em nível mundial, reivindicando maiores isenções fiscais para continuar com o empreendimento".

Segundo o ministro, a Vale estava reclamando benefícios de US$ 3 bilhões, "o mesmo valor de suas perdas internacionais". "Queria nosso dinheiro para pagar a dívida", afirmou De Vido.

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