Foto do campo de exploração de gás de Amenas, Argélia: ataque ao campo e o sequestro foram reivindicados por um grupo denominado "Signatários com Sangue" (Kjetil Alsvik/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2013 às 19h49.
Argel - O ministro do Interior argelino, Daho Ould Kablia, garantiu nesta quinta-feira que o grupo terrorista que atacou ontem as instalações de um campo de gás no sudeste da Argélia e fez centenas de reféns argelinos e estrangeiros vinha da Líbia.
"A organização terrorista que atacou a base petrolífera em In Amenas vinha da líbia e a operação foi planejada e supervisionada pelo terrorista Mojtar Belmojtar em território líbio", disse o ministro ao jornal argelino "Al Shuruk".
Kabilia responsabilizou indiretamente as autoridades líbias pelo ocorrido ao afirmar que tinham expressado em "várias ocasiões seu temor" e lhes haviam solicitado "dezenas de vezes" que protegessem sua fronteira com a Argélia.
O Exército da Argélia pôs fim há poucas à operação para libertar os trabalhadores argelinos e dezenas de estrangeiros sequestrados. No entanto, não ofereceu nenhum balanço de vítimas. Na operação foram resgatados 600 argelinos e quatro estrangeiros, segundo as fontes.
O ataque ao campo (explorado pela estatal argelina Sonatrach, a britânica BP e a norueguesa Statoil) e o sequestro foram reivindicados por um grupo denominado "Signatários com Sangue", pertencente à denominada "Brigada dos Mascarados", dirigida pelo argelino Belmojtar.
O grupo de Belmojtar disse que a ação é a resposta ao apoio argelino às tropas francesas que desde a sexta-feira passada combatem junto ao Exército malinês contra os grupos jihadistas que controlam as províncias setentrionais do Mali.
Anteriormente, os jihadistas haviam declarado que 35 sequestrados e 15 sequestradores morreram em um bombardeio que o Exército argelino efetuou hoje contra o campo de gás quando os terroristas tentavam transportar parte dos reféns a um lugar mais seguro.
No entanto, o Governo de Argel não fez comentários sobre estes dados e não informou em nenhum momento sobre eventuais vítimas, além do argelino e do britânico que morreram ontem durante o ataque, que deixou outros seis feridos.