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Ministro alemão adverte para riscos de não selar acordo entre UE e Mercosul

Levando em conta as necessidades de exportação da Alemanha, Robert Habeck falou em aproximar novas áreas da Europa

O Ministro Alemão da Economia e Proteção Climática, Robert Habeck, discursa no palco no último dia da 50ª Conferência de Delegados Federais da Aliança 90/Partido Verde (Buendnis 90/Die Gruenen) em Wiesbaden, oeste da Alemanha, em 17 de novembro de 2024 (Daniel ROLAND/AFP)

O Ministro Alemão da Economia e Proteção Climática, Robert Habeck, discursa no palco no último dia da 50ª Conferência de Delegados Federais da Aliança 90/Partido Verde (Buendnis 90/Die Gruenen) em Wiesbaden, oeste da Alemanha, em 17 de novembro de 2024 (Daniel ROLAND/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 26 de novembro de 2024 às 13h42.

Última atualização em 26 de novembro de 2024 às 13h49.

O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, alertou nesta terça-feira, 26, sobre os perigos para a União Europeia (UE) de não chegar logo a um acordo de associação com o Mercosul, referindo-se à necessidade de aproximação com outros mercados além dos Estados Unidos e da China, seus principais parceiros comerciais.

“Se o acordo não for concluído, em primeiro lugar a Europa terá fracassado e, em segundo lugar, a América do Sul procurará imediatamente outros parceiros comerciais, possivelmente a China e até mesmo a Rússia. Se isso ajudará mais a floresta tropical, vou colocar um grande ponto de interrogação nisso”, disse o ministro, referindo-se ao desmatamento da Amazônia.

“Perderíamos um forte impulso como resposta política a essa situação, na qual tarifas cada vez mais altas e demandas geopolíticas estão novamente elevando as fronteiras”, advertiu Habeck durante um discurso em uma conferência em Berlim sobre os desafios e as oportunidades para a indústria alemã.

Habeck disse estar convencido de que o acordo comercial com o Mercosul percorreu um longo caminho e também se desenvolveu de forma mais sustentável do que o discutido há três ou quatro anos, e que também constitui “uma grande oportunidade para esses países aproximarem as duas grandes áreas econômicas da Europa e da América do Sul”.

O ministro alemão comentou que as ameaças de imposição de tarifas pelos Estados Unidos, mas também o relacionamento com a China, podem, sem dúvida, se tornar, depois do mercado único europeu, o maior desafio político para a Alemanha.

Ele lembrou que metade do crescimento alemão vem das exportações e que, depois do mercado único europeu, os Estados Unidos e a China são os principais parceiros comerciais do país, mas ao mesmo tempo os dois que estão causando os maiores problemas ou pontos de interrogação no momento, por vários motivos.

Portanto, enfatizou a importância de “aproximar novas áreas da Europa ou aproximar a Europa de novas áreas” e, consequentemente, defendeu mais uma vez a conclusão de um acordo com os países do Mercosul o mais rápido possível.

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