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Ministra defende ambientalismo com inclusão social

De acordo com a ministra, o governo brasileiro vai defender uma "mudança na pauta" para que o debate na Rio +20

Izabella Teixeira anunciou nesta terça-feira que o Brasil registrou a menor taxa da história de desmatamento da Amazônia, segundo dados consolidados neste ano (Reuters)

Izabella Teixeira anunciou nesta terça-feira que o Brasil registrou a menor taxa da história de desmatamento da Amazônia, segundo dados consolidados neste ano (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2012 às 23h54.

Rio de Janeiro - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, atacou as manifestações em defesa da biodiversidade que não levam em conta a proteção das populações. Em discurso no Congresso Mundial do Iclei (associação que reúne 1,4 mil governos locais pela sustentabilidade) em Belo Horizonte na noite de ontem (14), a ministra criticou as propostas de desenvolvimento sustentável elaboradas separadamente de políticas para melhoria econômica e social.

O evento, que será realizado até domingo (20), tem o objetivo de elaborar um documento de prefeituras de várias nações para ser apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20).

Para exemplificar os ataques que fez, a ministra usou a questão de Amazônia. "Vejo toda manifestação internacional para ver se o Brasil é capaz de proteger suas florestas. Eu não vi em nenhum momento uma manifestação concreta e expressiva de natureza política internacional de ajudar a população da Amazônia", afirmou, para uma plateia composta por dezenas de representantes de vários países dos cinco continentes.

De acordo com a ministra, o governo brasileiro vai defender uma "mudança na pauta" para que o debate na Rio +20 leve em conta uma "convergência entre política econômica, social e ambiental". Ela ressaltou que, sem levar em conta estes aspectos, qualquer conclusão do encontro pode não surtir o efeito esperado. "Pessoas sem energia ou com fome colocam em cheque a discussão", avaliou, ressaltando que, por orientação da presidente Dilma Rousseff, a pasta que comanda usará a "inclusão social para buscar soluções" ambientais. "As pessoas defendem muitas vezes a fauna, mas esquecem de defender o homem. Está na hora de inverter essa pauta", declarou.

Acompanhe tudo sobre:Meio ambientePreservação ambientalRio+20

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