Giorgio Napolitano cumprimenta a ministra da Justiça da Itália, Anna Maria Cancellieri, em Roma, em uma foto de julho de 2011 (Quirinale Press Office via Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de novembro de 2013 às 15h56.
Roma - A ministra da Justiça da Itália, Anna Maria Cancellieri, sofreu neste sábado pressões por sua renúncia devido a acusações de que ela teria usado sua influência para tirar da prisão a filha doente de um ex-magnata de seguros.
A perda da influente ministra pode desestabilizar ainda mais a frágil coalizão esquerda-direita do primeiro-ministro Enrico Letta, que já vem sendo pressionada antes da votação para excluir o líder de centro-direita Silvio Berlusconi do parlamento ainda neste mês diante de sua condenação por fraude tributária.
O Movimento 5 Estrelas, de oposição, afirmou na sexta-feira que apresentaria voto de desconfiança contra ela. O Partido Democrático (PD), maior bloco de apoio ao governo, pediu que ela se dirija ao parlamento sobre o assunto.
Anna recusou os pedidos de renúncia, dizendo que interveio apenas em função da preocupação com a saúde da filha mais velha do ex-magnata de seguros Salvatore Ligresti, Giulia Ligresti, e que ela faria o mesmo por dezenas de outros.
"Tinha a obrigação de fazer o que fiz por uma pessoa que sofre de anorexia que não havia comido por dias e que tem filhos jovens", disse ela a jornalistas após pronunciar-se no congresso do Partido Radical em Chianciano Terme, Itália, neste sábado.