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'Minicúpula' do euro acelera início do fundo de resgate

Líderes da região presentes no G20 querem que ampliação do fundo seja feita o mais rápido possível para impedir que a crise se alastre

OS europeus querem impedir que a crise grega se espalhe pelo continente  (Fred Dufour/AFP)

OS europeus querem impedir que a crise grega se espalhe pelo continente (Fred Dufour/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2011 às 14h14.

Cannes, França - Os membros do Eurogrupo que participam do Grupo dos Vinte (G20), que reúne os países ricos e os principais emergentes) acordaram nesta quinta-feira acelerar o início do novo fundo de resgate, dotado de 1 trilhão de euros e que foi aprovado na semana passada pela zona do euro.

Conforme fontes espanholas, o objetivo é evitar que a crise grega se estenda para outros países. Para isso é imprescindível aplicar as medidas para resgatar o euro estipuladas no Conselho Europeu da semana passada.

Participaram da 'minicúpula' na cidade francesa de Cannes horas antes do início do encontro dos líderes do G20 o presidente da França, Nicolas Sarkozy; a chanceler alemã, Angela Merkel; e os primeiros-ministros da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, e da Itália, Silvio Berlusconi.

Somaram-se ao grupo também o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, do Conselho, Herman van Rompuy, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

A reunião foi influenciada o tempo todo pela incerteza da crise grega e as notícias procedentes de Atenas sobre o futuro do primeiro-ministro grego, Giorgos Papandreou, quem nesta quinta anunciou a formação de um Governo de união nacional.

A necessidade de implementar o mais rápido possível os acordos alcançados na semana passada em Bruxelas já foi abordada ontem por Sarkozy e Merkel após a conversa que tiveram com Papandreou.

Nessa reunião, Merkel e Sarkozy disseram a Papandreou que o sexto aporte de ajuda de 8 bilhões de euros ficaria bloqueado até se dissipar a incerteza gerada pela proposta dele de convocar um referendo sobre o resgate estipulado em Bruxelas.

Na reunião desta quinta foi acordado que o novo fundo vai contar com uma entidade paralela, um órgão de investimento especial que vai funcionar como uma agência financeira que será aberta ao capital de países europeus e de investidores institucionais. Países emergentes podem participar, mas até o momento não demonstraram muito interesse, revelaram fontes espanholas.

Todas as partes envolvidas ressaltaram a necessidade de ativar as medidas 'o mais rápido possível', como a única maneira de proteger da crise da dívida os demais de países da zona do euro, fundamentalmente Espanha e Itália, os países mais afetados.


A minicúpula do Eurogrupo durou mais do que o previsto sem qualquer 'tipo de estrutura', comentou a Agência Efe uma porta-voz comunitária para justificar a longa duração da mesma.

A entrevista coletiva prevista de José Manuel Durão Barroso e Van Rompuy foi adiada 'indefinidamente', já que a reunião acabou com a chegada dos máximos líderes do G20.

Eles não emitiram nenhuma declaração conjunta, como em princípio prometeram, sobre a crise do euro e a reunião deste Eurogrupo reduzido.

A reunião do G20, que começou ao meio-dia (no horário local), está fortemente condicionada pelo que ocorrer na zona do euro.

Em declarações à imprensa, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reiterou nesta quinta seu chamado ao início do plano europeu contra a crise da dívida de maneira 'efetiva'.

Após uma reunião com Merkel, Obama falou sobre o plano. Destacou que 'é necessário garantir não só a estabilidade da zona do euro, mas do sistema financeiro'.

Conforme Obama, a situação europeia é o principal assunto a ser abordado no G20, cujo objetivo fundamental é discutir formas para reativar a economia mundial.

O Governo japonês não descartou investir no novo fundo de resgate europeu, embora exija antes que a Europa inicie de maneira 'crível e viável' a ajuda à Grécia.

Em Bruxelas, uma porta-voz comunitária afirmou que a Grécia não poderia sair do euro sem deixar da mesma forma a União Europeia, como estabelece o Tratado de Lisboa. 

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