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Mineradora sul-africana Gold Fields demite 8.500 grevistas

Os mineiros têm agora 24 horas para apelar da decisão da empresa, a quarta produtora de ouro do mundo


	Grevistas da mina do grupo sul-africano Gold Fields protestam: a mina KDC East, que emprega 12.500 pessoas, está paralisada desde o dia 14 de outubro
 (AFP)

Grevistas da mina do grupo sul-africano Gold Fields protestam: a mina KDC East, que emprega 12.500 pessoas, está paralisada desde o dia 14 de outubro (AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2012 às 13h04.

Johannesburgo - O grupo sul-africano Gold Fields anunciou na terça-feira a demissão de 8.500 trabalhadores em greve da mina de ouro de KDC East, último reduto da greve situado no sudoeste de Johannesburgo, por ignorar o ultimato da empresa de retorno ao trabalho às 14H00 GMT (12h00 de Brasília).

"Nenhuma das 8.500 pessoas que estavam em greve voltaram (...), por isso, enviamos cartas de demissão a todos", disse à AFP, Sven Lusche, porta-voz do grupo.

Os mineiros têm agora 24 horas para apelar da decisão da empresa, a quarta produtora de ouro do mundo.

A mina KDC East, que emprega 12.500 pessoas, está paralisada desde o dia 14 de outubro por uma greve de mineiros que pedem aumentos salariais e protestam contra as estruturas locais do Sindicato Nacional de Mineiros (NUM), o sindicato majoritário aliado ao poder.

Na mina vizinha KDC West, que estava em greve desde 9 de setembro, a direção conseguiu, na quinta-feira, a volta ao trabalho de 90% do pessoal com um ultimato similar.

Apenas 1.500 mineiros da KDC West que não se apresentaram receberam uma notificação de demissão. Entre eles, centenas apelaram da decisão e recuperaram o posto de trabalho no fim de semana, disse Lusche.

A Gold Fields, que em meados de outubro tinha 25.000 trabalhadores em greve, também conseguiu pôr fim a um conflito similar na mina Beatrix (centro) com a mesma ameaça. Desde então, seus concorrentes AngolGold Ashanti e Harmony, os números três e cinco do setor no mundo, utilizaram a estratégia.

A Gold Fields emprega cerca de 36.000 pessoas na África do Sul.

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