Os mineiros resgatados no Chile: setor ainda sofre com falta de segurança (Ho/AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2011 às 13h38.
Brasília – Depois do resgate dos 33 mineiros chilenos, que ficaram 67 dias soterrados a 700 metros de profundidade no ano passado, a categoria prepara para amanhã (11) uma paralisação nacional no Chile. Os mineiros reclamam que faltam condições adequadas de trabalho na maioria das minas em funcionamento no país. As informações são da Federação dos Mineiros do Chile, que convocou via internet a greve geral.</p>
Os mineiros pretendem fazer uma passeada até um dos principais cartões-postais de Santiago, a capital chilena, a Praça das Armas, situada em frente ao Palácio de La Moneda – sede do governo Sebastián Piñera.
A Federação dos Mineiros do Chile informou que as más condições de trabalho e a falta de segurança levaram 45 profissionais à morte, apenas em 2010. A mineração é uma das principais atividades econômicas do Chile o setor com mais registros de mortes no país.
O Chile é o maior exportador de cobre do mundo e cerca de 4,5 mil profissionais atuam no setor de mineração em pequenas e médias empresas. O governo chileno analisa, desde meados do ano passado, propostas para aumentar a fiscalização e melhorar as condições de trabalho no setor. A Mina San José, onde os 33 mineiros ficaram soterrados, permanece fechada.
De acordo com a direção da Federação dos Mineiros do Chile, várias categorias profissionais devem aderir à paralisação marcada para amanhã. A ideia, segundo os organizadores do ato, é demonstrar a insatisfação com a situação atual dos trabalhadores.