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Militares ucranianos denunciam violações do cessar-fogo

Segundo o comando ucraniano, o aeroporto de Donetsk foi atacado nas últimas horas quatro vezes com fogo de morteiro e de plataformas de lançamento de mísseis


	Separatista pró-russo: "nosso exército e nossos guardas fronteiriços têm a pólvora seca. Mas faremos todo o possível para regular esta situação por meios políticos", advertiu Poroshenko
 (Sergei Karpukhin/Reuters)

Separatista pró-russo: "nosso exército e nossos guardas fronteiriços têm a pólvora seca. Mas faremos todo o possível para regular esta situação por meios políticos", advertiu Poroshenko (Sergei Karpukhin/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 06h44.

Kiev - O comando militar da Ucrânia denunciou nesta terça-feira novas violações do cessar-fogo pelas milícias separatistas pró-russas que atuam nas regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.

"Os ataques continuam contra as posições e os postos de controle" das forças ucranianas, segundo uma publicação na página oficial do comando ucraniano no Facebook.

O comunicado destacou que as tropas governamentais não sofreram baixas durante a noite.

Segundo o comando ucraniano, o aeroporto de Donetsk, capital da região homônima, foi atacado nas últimas horas quatro vezes com fogo de morteiro e de plataformas de lançamento de mísseis "Grad".

"Os terroristas atacaram também as posições de nossas tropas junto as localidades de Rodnikovoye, Dokuchaievsk, Tonenkoye e Debaltsevo", concluiu o boletim militar.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, visitou ontem a cidade de Mariupol, sede provisória do governo da região de Donetsk e o principal porto no mar de Azov, em cujas imediações estão as milícias rebeldes desde finais de agosto.

"Estamos preparados para defender nosso país. Nosso exército e nossos guardas fronteiriços têm a pólvora seca. Mas faremos todo o possível para regular esta situação por meios políticos", advertiu Poroshenko em Mariupol.

Durante a visita, o presidente ucraniano indicou que o acordo de cessar-fogo alcançado no último dia 5 em Minsk permitiu a libertação de 1.200 reféns que estavam em poder das milícias.

Poroshenko voltou a pedir que a Rússia "retire suas tropas e feche a fronteira" e afirmou que depois disso os ucranianos serão capazes de chegar a um acordo, já que "a maioria de habitantes de Donetsk e Lugansk querem viver em uma Ucrânia unida".

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