Ataque do Boko Haram: militantes mataram mais de 400 pessoas em um mês, afirmam fontes, o que faz deste um dos piores períodos de violência do movimento islâmico (Stringer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2014 às 15h47.
Maiduguri - Insurgentes islâmicos mataram pelo menos 31 pessoas em uma vila no nordeste da Nigéria, afirmou um parlamentar nesta segunda-feira.
Os ataques elevaram o total de mortos em três dias de matança para 116, apesar de esforços do Exército para conter a violência.
Os militantes mataram mais de 400 pessoas em apenas um mês, afirmam fontes da área de segurança, o que faz deste um dos piores períodos de violência do movimento islâmico Boko Haram, que começou um levante no Estado de Borno, em 2009.
Homens armados invadiram a vila de Mafa, em Borno, situada a cerca de 50 quilômetros a leste da capital do Estado, Maiduguri, por volta das 20h de domingo.
O grupo atirou contra moradores que fugiam e atirou explosivos em casas ainda com moradores dentro, disse Auwalu Gunda, uma testemunha do ataque.
O senador do Estado Ahmed Zannah afirmou que 29 civis foram mortos na invasão da vila e dois policiais morreram na explosão de uma bomba na segunda-feira, quando estavam tentando remover os corpos e interrogando sobreviventes do ataque inicial.
Duas bombas que explodiram em Maiduguri mataram pelo menos 46 pessoas no sábado à noite, enquanto a 50 quilômetros dali dezenas de atiradores arrasavam uma vila agrícola, matando a tiros mais 39 pessoas.
O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, lançou uma campanha militar intensificada há mais de um ano para esmagar o Boko Haram, mas o banho de sangue desde então tem crescido.
O Boko Haram matou milhares de pessoas em sua tentativa de criar um Estado islâmico no país de 170 milhões de habitantes. O grupo é a maior ameaça à segurança no país, grande exportador de petróleo da África e segunda maior economia do continente.