Grupos de revolucionários e seus veículos visto em Tripoli: luta para controlar os milicianos e os militantes islamistas tornou-se uma preocupação crescente (Ismail Zitouny/Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2013 às 17h04.
Trípoli - Milícias líbias rivais entregaram suas bases ao Exército e se retiraram de Trípoli nesta quinta-feira frente a uma fúria popular contra a recusa delas em se desarmar dois anos desde que derrubaram o líder Muammar Kadafi.
A luta caótica da Líbia para controlar os milicianos e os militantes islamistas tornou-se uma preocupação crescente para as potências ocidentais, que temem que a violência no país possa se espalhar para seus vizinhos norte-africanos.
Na base aérea de Mittiga, as milícias ligadas ao Comitê Supremo de Segurança (SSC), de tendência islâmica, disseram que iriam entregar o controle para o Exército. A poderosa brigadas al Qaqaa de Zintan, no sudoeste de Trípoli, também entregou sua base, disseram comandantes e autoridades.
"Em resposta às exigências do povo, decidimos entregar nossos quartéis-generais e todas as armas dentro", disse um porta-voz da força de dissuasão, uma das milícias SSC. "Vamos nos inscrever na polícia como indivíduos".
O primeiro-ministro, Ali Zeidan, disse na cerimônia em Mittiga: "Limpar Trípoli das presenças armadas é uma decisão que vai incluir todas as brigadas armadas, sem exceção".
Mas com as forças armadas da Líbia ainda menos armadas do que os ex-combatentes, seu governo pode lutar para reassumir o controle sobre os homens armados. O próprio Zeidan foi brevemente sequestrado por uma milícia no mês passado.