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Milhares participam da Marcha das Mulheres em Washington

Várias pessoas foram para a passeata, que tem, entre outros, apoiadores famosos como Scarlett Johansson, Katy Perry e Julianne Moore.

Marcha das Mulheres: milhares compareceram ao evento (Adrees Latif/Reuters)

Marcha das Mulheres: milhares compareceram ao evento (Adrees Latif/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de janeiro de 2017 às 17h01.

Última atualização em 21 de janeiro de 2017 às 18h25.

Washington - Milhares de pessoas participam neste sábado nas ruas do centro de Washington da "Marcha das Mulheres", que pode ser uma das maiores manifestações da história dos Estados Unidos.

Inicialmente, os organizadores previam a presença de 250 mil pessoas, convocadas em defesa da diversidade, da igualdade e dos direitos das mulheres que se veem ameaçados com o novo presidente de Estados Unidos, Donald Trump, mas esse número passou para meio milhão, de acordo com a própria organização e as autoridades da capital.

Desde o início do dia, as estações do metrô de Washington e da região metropolitana estão abarrotadas de pessoas indo para a passeata, que tem, entre outros, apoiadores famosos como Scarlett Johansson, Katy Perry e Julianne Moore.

A concentração foi perto do Capitólio. De lá, a manifestação irá pelo National Mall para terminar no Monumento a Washington. Entre os oradores estão as atrizes Scarlett Johansson e Ashley Judd, e o cineasta Michael Moore.

Através do Twitter, a ex-candidata presidencial democrata Hillary Clinton, agradeceu o apoio dos manifestantes que, em suas palavras, "falam e marcham por nossos valores".

Um dos itens que chamam a atenção na manifestação são os gorros rosa com orelhas de gatinho, os pussy cat, usados por várias mulheres em resposta ao polêmico comentário de Trump de que as mulheres devem ser agarradas pelas partes íntimas.

A ideia é fazer um jogo de palavras, já que "pussy" significa "gato pequeno", mas em tom pejorativo é usado designar "bu××ta".

O movimento não se limita a Washington. Manifestações como esta também acontecem em outros pontos dos Estados Unidos e em cidades como Buenos Aires, Lima, Bogotá, Madri, Barcelona e Cidade do México.

A ideia surgiu de um grupo de jovens que não acreditava que um candidato que tinha sido acusado de assédio sexual por várias mulheres e feito comentários pejorativos sobre o sexo feminino tivesse vencido as eleições em novembro.

Desde então, o movimento cresceu até abranger um leque de demandas progressistas, com uma plataforma que vai desde a igualdade de salário e o direito a abortar até a defesa dos direitos dos imigrantes, os homossexuais e os muçulmanos.

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