Manifestantes seguram fotos do piloto jordaniano que foi executado pelo Estado Islâmico (Khalil Mazraawi/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2015 às 14h28.
Amã - Milhares de jordanianos lotaram as ruas da capital Amã, nesta sexta-feira, para cobrar a monarquia a intensificar os ataques aéreos contra o Estado Islâmico para vingar o assassinato do piloto Mouath al-Kasaesbeh.
Como sinal mais recente da revolta pública crescente, multidões se reuniram perto da importante mesquita Husseini e marcharam entoando “Morte ao Daesh”, um termo árabe pejorativo para o grupo jihadista.
A manifestação ocorreu três dias depois de o Estado Islâmico ter divulgado um vídeo que supostamente mostra Kasaesbeh sendo queimado vivo em uma jaula diante de militantes com máscaras e roupas camufladas.
Muitos jordanianos se opuseram ao envolvimento de seu país na campanha aérea liderada pelos Estados Unidos contra posições da milícia radical temendo retaliação. Mas o assassinato do piloto recém-casado de uma influente tribo da Jordânia fez crescer o apoio para a iniciativa militar.
Caças jordanianos atacaram alvos do Estado Islâmico na Síria na quinta-feira, e depois sobrevoaram a cidade-natal de Kasaesbeh.
A rainha Rania, esposa do rei Abdullah, participou das passeatas desta sexta-feira carregando uma foto do piloto.