Protesto contra movimento anti-imigração: Angela Merkel defendeu liberdade de manifestação, reunião e expressão (Fabrizio Bensch/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 16h13.
Berlim - Aproximadamente 10 mil pessoas, segundo estimativas da polícia, foram às ruas de Munique, na Alemanha, nesta segunda-feira, a favor da tolerância e contra o movimento "Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente" (Pegida).
A marcha aconteceu em tom festivo, com cartazes a favor da convivência e dos abrigos, conforme o modelo seguido nas semanas anteriores e como forma de resposta às manifestações dessa organização islamofóbicas.
Outras manifestações parecidas, embora com menores proporções, foram registradas em Würzburg, com 1.200 cidadãos, e em Nuremberg, com mil pessoas.
Em Berlim, uma centena de pessoas da "Bärgida", versão da Pegida na capital, concentrou-se, enquanto em Dresden outra centena de seguidores desse movimento realizou sua concentração semanal, apesar de ter sido desconvocada.
A própria direção da Pegida cancelou ontem sua convocação de segunda-feira em Dresden, a capital do estado federado da Saxônia onde se originou o movimento, por ameaças de morte contra seu principal impulsor, Lutz Bachmann.
A polícia dessa cidade optou por proibir todo ato ao ar livre, por conta das constantes "ameaças concretas" de um possível atentado terrorista contra a passeata da Pegida ou, inclusive, contra a estação ferroviária central.
A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu a liberdade de manifestação, reunião e expressão, como direitos fundamentais intrínsecos à democracia e acima de sua rejeição às mensagens dos organizadores dessas passeatas.
A de hoje seria o 13º protesto da Pegida em Dresden, onde na segunda-feira passada, após os atentados jihadistas de Paris, o grupo levou às ruas 25 mil pessoas, o que representa um novo recorde nas manifestações que organiza a cada semana nessa cidade, desde outubro do ano passado.