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Milhares marcham em Bilbao pedindo solução para o País Basco

Grupo separatista ETA anunciou o fim da luta armada na quinta-feira, em uma decisão histórica

Fregueses num bar acompanham o anúncio da ETA sobre o o fim definitivo de suas atividades armadas, na quinta-feira (Rafa Rivas/AFP)

Fregueses num bar acompanham o anúncio da ETA sobre o o fim definitivo de suas atividades armadas, na quinta-feira (Rafa Rivas/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2011 às 17h17.

Brasília – Milhares de pessoas desfilaram hoje (23) em Bilbao (Norte da Espanha) exigindo "uma solução política para o País Basco", depois que o grupo separatista ETA anunciou, na quinta-feira (20), o fim da luta armada, em uma decisão histórica.

"Independência, independência", gritavam os manifestantes, em resposta aos apelos de vários partidos de esquerda pró-independência basca, sindicatos e movimentos nacionalistas signatários do acordo de Guernica, firmado em 25 de outubro de 2010. Nesse acordo, foi feito o pedido ao ETA para que abandonasse em definitivo a luta armada.

A marcha foi convocada antes do anúncio do ETA de que estava renunciando às armas, num apelo a "toda a sociedade, independentemente das cores políticas e de identidade". Reconhecendo que "a paz é uma aspiração da maioria dos cidadãos", os organizadores da marcha defendem que uma paz "total, democrática e definitiva só poderá ser possível com o apoio e a participação da sociedade".

Juan José Sainz, aposentado de 64 anos e antigo trabalhador do Porto de Bilbao, disse, citado pela agência AFP, que saiu à rua para "apoiar" o processo atual. "O que existe, em primeiro lugar, é a falta de democracia. Os que estão na prisão, não por crime, mas por delito de opinião, devem sair a todo o custo".

"A situação não mudou. A única coisa [diferente] é que já não existe o ETA. O conflito do povo basco continua e esperamos que seja o início da solução", opinou Miren, mulher de 41 anos que preferiu não informar o sobrenome.

O ETA, organização separatista basca, anunciou que "decidiu pelo fim definitivo da sua ação armada", depois de mais de meio século de violência e de ter causado a morte de 858 pessoas.

*Da Agência Lusa

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