Mundo

Milhares de simpatizantes de Luis Arce se manifestam em seu apoio e contra Evo Morales na Bolívia

Apoiadores dos líderes tem se enfrentado após marcha organizada pelo ex-presidente contra atual mandatário

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 26 de setembro de 2024 às 07h49.

Última atualização em 26 de setembro de 2024 às 07h52.

Tudo sobreBolívia
Saiba mais

Milhares de simpatizantes do presidente da Bolívia, Luis Arce, se manifestaram nesta quarta-feira, 25, em apoio a seu governo e contra o ex-presidente Evo Morales, que deu um ultimato ao correligionário - ambos são colegas de partido, o Movimento ao Socialismo (MAS) - exigindo que ele troque de ministros “se quiser terminar seu mandato”. Arce e Morales estão afastados desde o final de 2021 e travam uma longa batalha pelo controle do MAS e do governo do país.

O governo denunciou que o plano de Morales é “convulsionar” o país, tendo em vista seu alerta de que pretende iniciar um bloqueio nacional de rodovias no próximo dia 30 se Arce não mudar o gabinete ministerial.

Trabalhadores, comerciantes, associações de moradores e outros setores se reuniram na cidade de El Alto, próxima a La Paz, e de lá caminharam até as sedes dos Poderes Executivo e Legislativo.

“Rejeitamos o bloqueio de rodovias, que não permite o desenvolvimento de nosso país e tenta gerar revolta social”, foi uma das resoluções tomadas pelos seguidores de Arce.

Além disso, eles exigiram que as autoridades “não permitissem” o bloqueio de rodovias e que a lei fosse aplicada para “deter Evo Morales e todos os seus seguidores que causam ansiedade e afetam os lares da família boliviana”.

Os pedidos dos manifestantes foram entregues à ministra da Presidência, Maria Nela Prada, a quem solicitaram que marcasse uma reunião com Arce, que não aparece em público desde sábado, quando recebeu um avião-tanque para combater incêndios na região de Santa Cruz.

Enquanto isso, mineradores cooperativistas da região andina de Potosí foram às ruas do centro de La Paz também em apoio ao presidente boliviano e se declararam “em emergência” diante de qualquer indício de “convulsão” por parte dos seguidores de Morales.

“Se Lucho (Arce) quiser continuar governando, primeiro, em 24 horas, ele deve mudar os traficantes de drogas, os ministros corruptos das drogas e os ministros racistas, fascistas”, advertiu o ex-presidente, líder do partido governista Movimento ao Socialismo (MAS), depois de liderar milhares de seus apoiadores em uma caminhada que chegou a La Paz na segunda-feira.

O Ministério das Relações Exteriores da Bolívia divulgou um comunicado rejeitando “as declarações feitas por Morales, assim como qualquer tipo de extorsão ou condicionamento contra a vontade do povo expressa nas urnas”.

Acompanhe tudo sobre:BolíviaEvo Morales

Mais de Mundo

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano

Argentinos de classe alta voltam a viajar com 'dólar barato' de Milei