Hugo Chávez: Milhares de simpatizantes chavistas foram hoje para os arredores da sede do governo venezuelano. (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 16h55.
Caracas - Milhares de seguidores do presidente venezuelano, Hugo Chávez, foram nesta quinta-feira para o centro de Caracas para participar da manifestação convocada pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) em apoio ao líder, hospitalizado em Cuba, no dia em que ele deveria assumir um novo mandato.
Desde o início do dia partidários de Chávez vieram de diversas partes do país e se reuniram nas imediações do Palácio de Miraflores para apoiar o governo e o Tribunal Supremo de Justiça, que aprovou o adiamento da posse presidencial.
"A revolução, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), pedimos a todos os demais partidos e grupos sociais, saiam às ruas para apoiar a decisão que tomou o Tribunal Supremo de Justiça", disse ontem o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.
Milhares de simpatizantes chavistas responderam ao apelo e foram hoje para os arredores da sede do governo venezuelano.
"Hoje o povo está na rua para fazer com que se respeite nossa Constituição, nosso comandante e nosso voto. Não votamos para que mande a oposição, aqui manda a revolução e seu povo", lia-se em uma faixa feita por Rufina Sosa, que há dois anos vive em um refúgio montado pelo governo para desabrigados pelas inundações.
Já Coromoto Soto, uma mulher que viajou de Yaracuy, disse à Agência Efe que chegou a Caracas para "dar apoio" ao "comandante" e se declarou orgulhosa de que "o povo soberano" votou em Chávez e o ratifica. "Ainda há muitas coisas para se fazer com o comandante", defendeu Coromoto.
Quase na saída do Miraflores, Alis Bazán, um taxista que parece um clone do presidente com sua boina e camisa vermelha, disse à Efe que veio de Carabobo para apoiar Chávez. "Sabemos que (o presidente) está doente e que ao sentir este momento de apoio vai ter mais ânimo", disse.
Está previsto que figuras do governo participem do ato. O presidente do Uruguai, José Mujica, e os chefes de Estado da Nicarágua, Daniel Ortega, e da Bolívia, Evo Morales, também estarão presentes.