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Milhares de pessoas vão a enterro de ex-Miss Venezuela

A Venezuela tem uma das maiores taxas de criminalidade do mundo com 39 assassinatos por cada 100 mil habitantes, informou semana passada o ministro do Interior

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 17h26.

Caracas - Milhares de pessoas foram nesta sexta-feira ao enterro da atriz e ex-miss Venezuela Mônica Spear e seu marido, Thomas Henry Berry, em solidariedade à família do casal, assassinado na segunda-feira em um caso que comoveu a sociedade venezuelana e reavivou o debate sobre a insegurança no país.

Familiares, amigos e fãs puderam ver hoje pela última vez à qual foi Miss Venezuela 2004 e a seu marido, cujos corpos chegaram ontem ao Cemitério do Leste de Caracas direto de Valencia para onde tinham sido levados os corpos após o crime.

Quem compareceu ao velório pôde entrar no funeral até pouco antes das 13h (15h30 em Brasília) quando, liderados pelos pais da atriz, Rafael e Enna, foi realizado o enterro.

"Estamos em um país lindo que minha irmã amava. Façamos algo por este país, criemos consciência, limitemos a venda de armas. Vamos buscar quem está armando o povo de forma errônea e ilegítima", declarou aos jornalistas Ricardo Spear, um dos irmãos da modelo.

A modelo e o empresário europeu foram assaltados e baleados na frente da filha de cinco anos do casal na segunda-feira à noite após ter um problema com seu veículo na estrada.

Quando recebiam assistência de um guindaste um grupo de delinquentes os interceptou para roubá-los disparando contra o veículo, o que matou o casal e deixou a menina ferida na perna.

Poucas horas depois a polícia apresentaram sete pessoas pertencentes a uma quadrilha que responde pelo nome dos "Sanguinários do Cambur" (onde ocorreram os homicídios) e informaram que continuam na busca de outros quatro cúmplices.

A Venezuela tem uma das maiores taxas de criminalidade do mundo com 39 assassinatos por cada 100 mil habitantes, informou semana passada o ministro do Interior, Miguel Rodríguez, ao rebater os números da ONG Observatório Venezuelano de Violência que elevou essa taxa a 79 para cada 100 mil habitantes.

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