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Milhares de pessoas protestam contra novo lockdown na Áustria

Cerca de 35 mil pessoas vão às ruas em passeata contra novo fechamento da economia motivado por aumento no número de casos; vacinação será obrigatória

Protesto contra novo lockdown na Áustria (REUTERS/Leonhard Foeger/Reuters)

Protesto contra novo lockdown na Áustria (REUTERS/Leonhard Foeger/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de novembro de 2021 às 13h26.

Milhares de pessoas, muitas delas apoiadoras de extrema direita, protestaram neste sábado em Viena contra restrições relacionadas ao coronavírus, um dia após o governo austríaco anunciar um novo lockdown e tornar obrigatória a vacina a partir do ano que vem.

Assobiando, batendo palmas, buzinando e batucando, a multidão se aglomerou na Praça dos Heróis, em frente ao Hofburg, antigo palácio imperial no centro de Viena. Muitos manifestantes agitavam bandeiras austríacas e outros carregavam cartazes com dizeres como "não à vacinação", "já chega" ou "abaixo a ditadura fascista".

Até o meio da tarde (no horário local), a multidão havia aumentado para cerca de 35 mil pessoas, de acordo com a polícia, e marchava pelo anel viário interno de Viena antes de voltar para Hofburg.

Aproximadamente 66% da população da Áustria está totalmente vacinada contra a Covid-19, uma das taxas mais baixas da Europa Ocidental. Muitos austríacos são céticos em relação à vacina, visão encorajada pelo Partido da Liberdade, de extrema direita, o terceiro maior no Parlamento local.

Com as contaminações diárias ainda batendo recordes, mesmo depois de um lockdown imposto aos não vacinados nesta semana, o governo disse na sexta-feira que voltará a impor o lockdown total na Áustria na segunda-feira e tornará a vacinação obrigatória a partir de 1º de fevereiro.

O Partido da Liberdade e outros grupos críticos à vacina já planejavam uma demonstração de força em Viena neste sábado, mas o anúncio de sexta-feira incendiou sua base e levou o líder do grupo, Herbert Kickl, a declarar que, "a partir de hoje, a Áustria é uma ditadura".

Kickl não conseguiu comparecer à manifestação, pois se infectou com a Covid-19.

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