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Milhares de palestinos protestam na fronteira de Gaza com Israel

Esta é a 11ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno, na qual morreram mais de 120 palestinos por fogo israelense

Segundo Israel, cerca de 4 mil manifestantes estavam concentrados nos cinco pontos fronteiriços (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

Segundo Israel, cerca de 4 mil manifestantes estavam concentrados nos cinco pontos fronteiriços (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de junho de 2018 às 12h15.

Malaka - Milhares de palestinos foram nesta sexta-feira a cinco pontos da fronteira com Israel para participar das passeatas de protesto convocadas pelo comitê da Grande Marcha do Retorno, na qual estão representadas todas as facções palestinas.

A mobilização, denominada Marcha do Milhão a Jerusalém, acontece pela 11ª sexta-feira consecutiva em protestos nos quais morreram mais de 120 palestinos por fogo israelense em incidentes violentos.

Na manifestação de hoje, cem palestinos ficaram feridos ou tiveram que ser atendidos por intoxicação após inalarem gás lacrimogêneo, incluindo dois jornalistas, informaram fontes do Ministério de Saúde palestino na Faixa.

Entre os feridos se encontram dois repórter: Mohammed Ala Baba, fotógrafo da "AFP", baleado na perna direita, e um cinegrafista da emissora "Al Aqsa" (simpatizante do movimento islamita Hamas), até agora não identificado, que foi atingido por uma lata de gás lacrimogêneo, informou o porta-voz de Saúde, Ashraf al Qedra.

Os manifestantes queimaram pneus e lançaram pipas incendiárias em direção ao lado de Israel, onde os soldados dispararam com dispositivos de dispersão de massas para impedir os participantes de se aproximar da cerca.

Pelos megafones das mesquitas, as diferentes facções palestinas pediam à população para participar do protesto, que coincide hoje com a última sexta-feira de Ramadã, com o aniversário na terça-feira dos 51 anos início da Guerra dos Seis Dias (que deu origem à ocupação dos territórios palestinos por Israel) e o Dia de Jerusalém, que denuncia a ocupação da metade oriental da cidade desde então.

Segundo o exército israelense, havia cerca de 4 mil manifestantes concentrados nos cinco pontos fronteiriços, onde vários estavam queimando pneus.

"Em resposta, as forças do exército utilizaram dispositivos de dispersão de massas e operaram de acordo com as normas", apontou um comunicado militar.

Fontes da organização dos protestos elevaram o número de manifestantes para 10 mil e testemunhas em vários dos pontos afirmaram que houve enfrentamentos com os soldados, que dispararam gás lacrimogêneo e munição real, ferindo pelo menos dez pessoas, segundo fontes médicas em Gaza.

Os manifestantes lançaram dúzias de pipas com coquetéis molotov incorporados para provocar incêndios no lado israelense.

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