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Milhares de manifestantes se reúnem em Paris contra reforma da Previdência

Na terça-feira, estão previstas várias discussões com os sindicatos, que já convocaram dois dias de manifestações

Paris: manifestantes protestam, pela segunda semana, contra a reforma da Previdência (Reuters/Reprodução)

Paris: manifestantes protestam, pela segunda semana, contra a reforma da Previdência (Reuters/Reprodução)

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AFP

Publicado em 4 de janeiro de 2020 às 15h31.

A mobilização contra a reforma previdenciária na França entrou em seu segundo mês, uma duração sem precedentes, que excedeu o recorde de 28 dias consecutivos estabelecido em 1986-1987, sem perspectiva de resolução até o momento.

Milhares de pessoas protestaram neste sábado em Paris para exigir a retirada do projeto do governo de reforma da Previdência, constatou um jornalista da AFP. Atrás de uma faixa que dizia "Macron, retire seu projeto", a procissão desfilou à tarde nas ruas de Paris.

A oposição ao projeto do governo se traduz, desde 5 de dezembro, em uma greve que perturba principalmente a circulação de trens na França e o transporte público na região de Paris.

Na terça-feira, estão previstas várias discussões com os sindicatos, que já convocaram dois dias de manifestações, na quinta e no sábado, em todo o país. Na cidade de Marselha (sudeste), várias centenas de pessoas se manifestaram neste sábado.

Jean Bergue, 72 anos, aposentado da empresa de telefonia France Telecom, nem conta mais os protestos nos quais participou. "Talvez este seja o 30º", diz ele. Ele denuncia "um presidente que quer colocar os trabalhadores um contra o outro" e "responde com desprezo" aos protestos sociais. Também espera que "o movimento seja ampliado e endurecido ainda mais, até que o texto seja completamente removido".

Em Toulouse (sudoeste), dezenas de membros do movimento dos "coletes amarelos" entraram em uma estação ferroviária e alguns bloquearam os trilhos, em apoio aos ferroviários grevistas, antes de se juntarem a centenas de manifestantes nas ruas do centro da cidade.

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