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Milhares de camisas vermelhas tomam as ruas da Tailândia

Os "camisas vermelhas" acusam a oposição de preparar um golpe de Estado judicial

'Camisas Vermelhas' protestam em Phutthamonthon, um subúrbio de Bangcoc (Afp.com / NICOLAS ASFOURI)

'Camisas Vermelhas' protestam em Phutthamonthon, um subúrbio de Bangcoc (Afp.com / NICOLAS ASFOURI)

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Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2014 às 20h59.

Dezenas de milhares de partidários do governo da Tailândia, conhecidos como "camisas vermelhas", saíram neste domingo às ruas de Bangcoc para se opor às elites que tentam depor a primeira-ministra do país.

"Estamos aqui para acertar as contas com as elites", declarou à multidão Jatuporn Prompan, presidente do movimento e organizador do evento que reuniu menos que as 200.000 pessoas anunciadas.

A oposição é composta por uma aliança entre a classe média da capital e a elite tradicional, que já não suportam a dominação política do "clã Shinawatra".

Os oposicionistas defendem a substituição da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, por um Conselho do Povo, não eleito, que supervisionaria as reformas eleitorais e lutaria contra a corrupção antes de convocar novas eleições.

Embora a manifestação dos "camisas vermelhas", prevista para terminar na segunda-feira, seja até o momento pacífica, a situação pode piorar em caso de destituição da primeira-ministra, acusada pela oposição de ser um fantoche de seu irmão, Thaksin Shinwatra, ex-primeiro-ministro derrubado por um golpe de Estado em 2006, que hoje vive no exílio em Dubai.

Embora os partidos pró-Thaksin tenham vencido todas as eleições legislativas em mais de dez anos, a oposição acusa a família Shinawatra de corrupção e de usar dinheiro público para garantir o apoio das regiões do norte e do nordeste do país, seu reduto eleitoral.

Os "camisas vermelhas" acusam a oposição de preparar um golpe de Estado judicial.

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