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Milhares de alemães se concentram em Berlim para final

A reunião começou desde cedo, e o número de torcedores não para de aumentar, com grupos de pessoas trajando as cores do país vindo de todas as regiões de Berlim


	Torcedoras alemãs assistem à goleada contra o Brasil em uma arena de Berlim
 (Thomas Peter/Reuters)

Torcedoras alemãs assistem à goleada contra o Brasil em uma arena de Berlim (Thomas Peter/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2014 às 13h43.

Berlim - Dezenas de milhares de alemães já estão concentrados em frente ao Portão de Brandemburgo, no centro de Berlim, à espera do início da grande final da Copa do Mundo do Brasil. A reunião começou desde cedo neste domingo, e o número de torcedores não para de aumentar, com grupos de pessoas trajando as cores do país vindo de todas as regiões da capital alemã.

A mobilização deste domingo contrasta com um sábado de calmaria, quando a maior parte dos alemães assumiu uma postura discreta, mesmo na véspera do jogo. Enquanto as principais emissoras de TV passaram a noite de sábado comentando a final em programas especiais, nas ruas de Berlim a mobilização não podia ser comparável a uma final de Copa do Mundo no Brasil.

Neste domingo, porém, o clima mudou e a concentração não para de crescer. Em um palco montado sob o telão no Portão de Brandemburgo, um locutor vem gritando periodicamente os nomes dos jogadores, para delírio da multidão, que os celebra como um gol. "Estamos muito otimistas para o jogo", afirmou o advogado Hans Altmann, de 27 anos, que assistirá ao confronto entre Alemanha e Argentina cercado de amigos, todos com camisas da seleção, rostos pintados e cervejas nas mãos. "Acho que desta vez o título não nos escapa. Estivemos em todas as últimas semifinais e agora chegou a vez de ganharmos."

Entre os milhares de alemães, alguns raros argentinos saíram neste domingo às ruas com a camisa alviceleste. As reações dos alemães oscilam entre o apoio e a camaradagem e a flauta. "Tenha orgulho!", gritou um em espanhol a um torcedor que passava. "Não chores por mim, Argentina", cantou um outro grupo. Para Rodolfo Lucero, contador argentino de 37 anos que está em visita familiar em Berlim, as brincadeiras fazem parte do ambiente e, até aqui, não causaram nenhum constrangimento, nem para ele, nem para sua família. "Não sei como será mais tarde. Mas por enquanto está tudo bem. Um alemão me pintou o rosto, outro me deu um colar de plástico com as cores deles", contou, observado pelas sobrinhas, ambas alemãs.

Como Lucero, que verá o jogo entre amigos em um bar, o universitário em intercâmbio Valentín Papp, estudante de Direito de 24 anos, também decidiu passar a noite deste domingo com compatriotas. "Decidi vir para Berlim porque é a cidade em que vivo, que tem 5 mil habitantes, não tem nenhum outro argentino. Vou ver o jogo com alguns amigos e também com alguns alemães", disse. Sobre as perspectivas do jogo, foi realista: "A verdade é que o time da Alemanha joga como se fosse uma máquina e já nos bateu nas duas últimas quartas de final. Vai ser difícil, mas jogaremos com o coração. Tenho fé".

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