Javier Milei, presidente eleito da Argentina (Pablo Porciúncula/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 26 de dezembro de 2023 às 12h07.
Última atualização em 27 de dezembro de 2023 às 18h25.
O governo de Javier Milei encerrou o modelo de importação implementado na gestão anterior e criou um novo sistema que dispensa as licenças de importação.
A ideia é agilizar a compra de bens no exterior, o que afeta diretamente empresas brasileiras. O Brasil exportou US$ 14,9 bilhões para a Argentina neste ano, considerando dados até outubro, e é seu segundo maior parceiro comercial, atrás da China.
A resolução 5.466/2023, publicada nesta quarta-feira no "Diário Oficial" argentino, acaba com o polêmico Sistema de Importações da República Argentina (SIRA), que havia sido adotado quando Sergio Massa estava à frente do Ministério da Economia.
Ela também cria o Sistema Estatístico de Importações (SEDI), que deixará de exigir licenças ou permissões para importar. Ou seja, não será necessária a aprovação da Secretaria de Comércio para que um bem seja importado. O novo modelo entra em vigor hoje.
O novo registro permitirá a declaração antecipada de importações, "a fim de normalizar e facilitar o comércio exterior".
"Assim, são eliminados os obstáculos ao comércio baseados na discricionariedade, desmontando possíveis focos de corrupção, e o sistema é ajustado aos padrões internacionais da Organização Mundial do Comércio (OMC) em relação à administração do comércio", disse a Secretaria de Comércio.
A resolução acrescenta que o sistema que estava em vigor até o momento afetou o desempenho e a previsibilidade das empresas nacionais, gerando "sérias dificuldades no comércio de bens e serviços no país, bem como uma importante dívida comercial com fornecedores estrangeiros".