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Milei cita cantor Roberto Carlos e o personagem Zorro em discurso na Argentina

Presidente da Argentina esteve presente no 170º aniversário da Bolsa de Valores de Buenos aires

Javier Milei, presidente da Argentina (RALF HIRSCHBERGE/AFP)

Javier Milei, presidente da Argentina (RALF HIRSCHBERGE/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 11 de julho de 2024 às 17h12.

Última atualização em 11 de julho de 2024 às 17h12.

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O presidente da Argentina, Javier Milei, participou do 170º aniversário da Bolsa de Valores de Buenos Aires, na Argentina, nesta quinta-feira, e discursou sobre a atual situação do país e a economia. Em suas falas, usou referências como o personagem Zorro e o cantor brasileiro Roberto Carlos.

Ao longo do evento, o chefe de estado dirigiu-se a alguns economistas que questionam a gestão do governo, destacou o papel do Ministro da Economia, Luís Caputo, a quem descreveu como “o melhor ministro da história” e acusou os “degenerados fiscais" — expressão usada por Javier Milei para se referir aos responsáveis pelo desequilíbrio fiscal — pelo aumento do dólar.

Em referência a Roberto Carlos, o presidente argentino faz uma alusão a música "Eu quero apenas", na qual o brasileiro canta "Eu quero ter um milhão de amigos". Durante sua fala, ele foi aplaudido.

— Não pretendo ser Roberto Carlos, mas tenho mais de 15 milhões de argentinos me acompanhando — disse Milei.

Já em relação a Zorro, o presidente citou que o personagem de ficção "é um anarcocapitalista, um anarquista de mercado e é obviamente demonizado, mas é um verdadeiro herói". As informações são da agência de notícias Ansa.

— Zorro não defendia apenas a propriedade privada, mas também o bem-estar dos cidadãos e combatia o Capitão Monastério, que arrecadava impostos. Um personagem fabuloso — destacou.

Aumento do dólar e risco ao país

Em outro trecho de seu discurso, Milei retomou suas críticas aos "degenerados fiscais", a quem responsabilizou pelo aumento do preço do dólar e do risco ao país.

"O déficit zero é a forma mais brutal de garantir a solvência intertemporal. Por isso, o risco país subiu de 2900 pontos e chegou a tocar os 1100, até que o Congresso começou a fazer suas manobras", afirmou Milei. "Com os degenerados fiscais querendo gastar loucamente, o mercado nos cobrou a conta", explicou em seguida.

E alertou: "Se quiserem aprovar leis que desequilibrem as contas fiscais, sabem o que farei? Vou vetar todas, não vou permitir desequilíbrio fiscal". A advertência de Milei ocorre enquanto o governo tenta atrasar o debate no Senado sobre o projeto de aposentadorias aprovado na Câmara.

No final, Milei destacou os sucessos econômicos alcançados durante os seis meses de gestão, ressaltando que a economia começa a mostrar "sinais de recuperação" e enfatizou a economia de 15 pontos percentuais do PIB alcançada. "Esse dinheiro agora retorna ao setor privado. Enquanto em dezembro estávamos discutindo se teríamos ou não hiperinflação, agora estamos discutindo créditos hipotecários de 30 anos", comemorou.

Também participaram do encontro o presidente da Bolsa, Adelmo Gabbi, o chefe da Casa Civil, Guillermo Francos, a chanceler, Diana Mondino, os ministros da Economia e da Justiça; Luis Caputo e Mariano Cúneo Libarona, com o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, entre outros representantes do gabinete nacional.

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