Transporte: outras cidades italianas que fecharam seu centro urbano à circulação foram Pavia, no norte, e Frosinone, próxima à capital italiana (iStock)
Da Redação
Publicado em 28 de dezembro de 2015 às 08h56.
Roma - A cidade de Milão proibiu o tráfego de automóveis desde esta segunda-feira até quarta para tentar reduzir os altos níveis de poluição, enquanto outras cidades do país optaram por medidas como potencializar o uso do transporte público.
A Prefeitura informou que o tráfego está proibido desde as 10h (7h, em Brasília) até as 16h (13h, em Brasília), com exceção do serviço de táxi e dos carros compartilhados.
Além disso, os veículos do transporte público não poderão superar os 30 km/h.
Esta medida foi aplicada também em outros 11 municípios da região da Lombardia e seu presidente, Roberto Maroni, convocou para esta segunda-feira uma reunião destinada a coordenar com os prefeitos uma ação conjunta que diminua a poluição.
Milão, uma das cidades mais industrializadas do país, superou durante em 97 dias do ano os valores permitidos de partículas em suspensão PM10, enquanto o máximo previsto pela legislação local é de 35 dias por ano.
Outras cidades italianas que fecharam seu centro urbano à circulação foram Pavia, no norte, e Frosinone, próxima à capital italiana.
Roma voltou hoje a proibir o tráfego de carros com placas ímpares enquanto amanhã deverão permanecer estacionados os com placas pares.
Além disso, Roma pretende reduzir a circulação facilitando o uso do transporte público e, deste modo, o bilhete para todo o dia custará um euro e meio, o que custa normalmente para 100 minutos.
Esta medida foi implementada também na setentrional Turim.
A poluição se transformou em um caso político já que diferentes partidos políticos criticaram as Prefeituras e o governo pelos altos níveis de poluição registrados nas últimas semanas, assim como por estas medidas e pelos prejuízos que supõem para o deslocamento dos cidadãos.
O secretário federal da xenófoba Liga Norte, Matteo Salvini, disse que a limitação do trânsito "não serve para nada" porque "contribui como muito para 20% da poluição total".
O líder do Movimento Cinco Estrelas, Beppe Grillo, culpou o governo por esta situação e por seu "política industrial própria do século XIX" que, na sua opinião, "envenena" os cidadãos.