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Michelle Obama e sua popularidade fazem campanha junto a Hillary

Mais popular que seu marido, a primeira-dama foi uma pouco frequente, mas contundente força na campanha eleitoral de 2016

Michelle Obama: ela se tornou "nossa arma não tão secreta", reconheceu recentemente Brian Fallon, porta-voz de Hillary (Carlos Barria/Reuters)

Michelle Obama: ela se tornou "nossa arma não tão secreta", reconheceu recentemente Brian Fallon, porta-voz de Hillary (Carlos Barria/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 18h10.

Michelle Obama realizará nesta quinta-feira sua primeira aparição junto a Hillary Clinton na campanha pela Casa Branca, dando seu peso como primeira-dama à candidata democrata, que busca atrair o voto das mulheres.

Mais popular que seu marido, a primeira-dama foi uma pouco frequente, mas contundente força na campanha eleitoral de 2016, com discursos poderosos contra o candidato republicano, Donald Trump, e a favor de Hillary.

A advogada de 52 anos não hesitou em atacar a retórica estridente do magnata e o que chamou de "intolerável" conduta sexual em relação às mulheres.

As pesquisas dão a Hillary, que busca ser a primeira mulher a dirigir a maior potência mundial, um domínio sobre as intenções de voto feminino, reforçado após as controvérsias envolvendo Trump pelas acusações de conduta inapropriada com mulheres.

A menos de doze dias das eleições presidenciais, Hillary busca capitalizar a fama de uma das figuras mais populares da política americana.

Michelle Obama subirá ao palco com Hillary em Winston-Salem, Carolina do Norte, um dos estados chaves das eleições de 8 de novembro.

A ex-secretária de Estado está na frente nas pesquisas, com uma vantagem de 5,4% em relação a Trump, segundo a última média das pesquisas do Real Clear Politics.

"Sinto-me realmente bem, cheia de energia, trabalhando duro", disse Hillary aos jornalistas a bordo de seu avião na quarta-feira, quando completou 69 anos.

O encontro entre as duas primeiras damas - a atual e a ex - era quase impensável há oito anos: as primárias democratas de 2008, disputadas por Barack Obama e Hillary Clinton, foram amargas e tensas.

Mas as cicatrizes se fecharam e as duas mulheres, ambas nativas de Chicago, viram ser servido em bandeja de prata, por Donald Trump, um tema em comum: a defesa das mulheres, no âmbito das declarações misóginas e degradantes do republicano divulgadas em um vídeo de 2005.

Michelle Obama se tornou "nossa arma não tão secreta", reconheceu recentemente Brian Fallon, porta-voz de Hillary.

Pesquisas

O vídeo de 2005 no qual Trump se gaba do fato de seu status de celebridade lhe permitir tocar mulheres com impunidade abalou sua campanha.

Mas o empresário, de 70 anos, se orgulhou de uma nova pesquisa que o situa dois pontos acima - embora dentro da margem de erro - na Flórida, um estado que pode decidir o destino da eleição.

"Penso que teremos uma vitória espetacular", declarou Trump à CNN, mostrando-se disposto a abrir sua própria carteira para injetar recursos na campanha.

Na sexta-feira, Barack Obama fará campanha por Hillary na Flórida, um estado que venceu, embora por pouco, em 2008 e 2012; e o companheiro de chapa da candidata, Tim Kaine, também se apresentará neste estado.

A pesquisa da Bloomberg de quarta-feira situou Trump com 45%, contra 43% para Hillary, entre os possíveis eleitores na Flórida, uma margem muito apertada para um estado que o milionário não pode perder.

Segundo a média do Real Clear Politics, Hillary segue na frente por 1,6%.

Mas a pesquisa da Bloomberg documentou uma leve vantagem de Trump entre os eleitores independentes, que podem ter a chave da vitória na Flórida.

A Carolina do Norte votou pelo republicano Mitt Romney em 2012, mas o estado do sul se voltou para os democratas na atual campanha presidencial.

O apoio de Michelle Obama pode fazer a diferença para Hillary, que tem dois pontos de vantagem neste estado, mas depende de uma forte presença nas urnas da população negra.

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