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Mianmar anistia vários presos políticos de primeira linha

Oposição considera que a libertação dos presos é um sinal positivo

Exército de Mianmar: governo prometeu uma abertura democrática no país (Khin Maung Win/AFP/AFP)

Exército de Mianmar: governo prometeu uma abertura democrática no país (Khin Maung Win/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2012 às 12h24.

Yangun - Mianmar começou a libertar nesta sexta-feira vários presos políticos de primeira linha, anistia reclamada inúmeras vezes pelos países ocidentais como prova da sinceridade das reformas do novo regime e saudada de imediato pela oposição.

Vários dissidentes se beneficiaram desta terceira anistia desde outubro, anunciada pelos meios oficiais de comunicação. Entre os libertados, se encontra Min Ko Naing, dirigente estudantil do movimento Geração 88.

Detido depois da "Revolução do Açafrão" de 2007 e condenado a 65 anos de reclusão, ia deixar a prisão, segundo informou sua irmã, Kyi Kyi Nyunt à AFP.

Segundo um alto dirigente, o ex-primeiro-ministro Khin Nyunt, em prisão domiciliar há anos depois de ser vítima de uma limpeza na junta, também será colocado em liberdade.

O partido da opositora birmanesa Aung San Suu Kyi, a Liga Nacional para a Democracia (LND), saudou imediatamente a notícia.

"É um sinal positivo para todo mundo. Saudamos estas liberações", indicou seu porta-voz, Nyan Win, precisando que vários dissidentes já se encontravam em suas casas.

O governo tem multiplicado reformas políticas espetaculares há vários meses e permitiu a volta à vida política de Suu Kyi, que se apresentará nas próximas eleições parciais de abril, quando, em novembro de 2010, ainda se encontrava em prisão domiciliar.

Mas a ONU, a União Europeia e Estados Unidos, cuja secretária de Estado, Hillary Clinton, fez uma visita histórica no início de dezembro, reclamam a libertação de todos os presos políticos para confirmar esta tendência.

Em 12 de outubro, 6.300 pessoas foram libertadas entre elas 200 presos políticos. Uma nova anistia há alguns dias não incluiu presos políticos.

O número atual de presos políticos - artistas, jornalistas, monges, intelectuais e outros opositores -, segundo diferentes estimativas, se situa entre 500 e 1.600.

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