Patrulha da fronteira: Heraclio Osorio-Arellanes foi preso na quarta-feira na divisa dos Estados de Sinaloa e Chihuahua, no norte mexicano (Mark Ralston/AFP)
Reuters
Publicado em 13 de abril de 2017 às 17h12.
Cidade do México - O governo do México comunicou nesta quinta-feira que pretende extraditar o homem acusado do assassinato de um guarda de fronteira dos Estados Unidos em 2010, um caso ligado a uma malfadada investigação do governo dos EUA sobre uma gangue de tráfico de armas conhecida como "Velozes e Furiosos".
Heraclio Osorio-Arellanes foi preso na quarta-feira na divisa dos Estados de Sinaloa e Chihuahua, no norte mexicano, pela morte do agente da Patrulha de Fronteira Brian Terry, de acordo com o Serviço de Delegados do Arizona.
Identificando o suspeito apenas como Heraclio "N", a Procuradoria-Geral do México disse em um comunicado que, após sua captura pelas mãos de fuzileiros navais mexicanos, medidas já estão sendo adotadas para iniciar o processo de sua extradição aos EUA.
O suspeito deve ser julgado no Tribunal do Distrito do Arizona por crimes como homicídio, conspiração e tráfico de drogas, disse a Procuradoria.
Osorio-Arellanes é o quinto elemento de um cartel de drogas procurado pelas autoridades norte-americanas pelo assassinato a ser apreendido.
Ele é acusado de ser parte de uma "equipe da pesada" de cinco homens de um cartel que roubava traficantes ao longo da fronteira e que confrontou Terry e três de seus colegas em 14 de dezembro de 2010 em um tiroteio no norte de Nogales, no Arizona.
Terry foi morto a tiros e um membro da gangue ficou ferido na troca de tiros.
Mais tarde dois rifles AK-47 encontrados no local foram ligados a uma investigação de tráfico de armas mal conduzida pela Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos EUA que constrangeu o governo do então presidente norte-americano, Barack Obama, e causou tensões com o México.