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México usará drones na busca por 43 estudantes desaparecidos

O subprocurador de Direitos Humanos disse que uma das reivindicações que tem sido feita pelas famílias diz respeito ao uso de tecnologias nas buscas


	Estudantes desaparecidos: em 2014, os estudantes de uma escola do magistério primário foram entregues por policiais a membros do grupo Guerreros Unidos
 (Daniel Becerril/Reuters)

Estudantes desaparecidos: em 2014, os estudantes de uma escola do magistério primário foram entregues por policiais a membros do grupo Guerreros Unidos (Daniel Becerril/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2015 às 10h33.

A Procuradoria-Geral da República do México anunciou que vai utilizar "drones" na nova etapa de buscas pelos 43 estudantes desaparecidos há um ano.

“Uma das reivindicações que tem sido feita pelas famílias diz respeito ao uso de tecnologias nas buscas. Eles pedem, por exemplo, e especialistas [internacionais] também, o uso de drones e de uma tecnologia que permite detectar cavidades na terra”, disse ontem (29) o subprocurador de Direitos Humanos, Eber Omar Betanzos, em conferência de imprensa.

Estes elementos “vão ser usados por parte da Procuradoria-Geral da República nas ações de busca que lhe competem”, disse. Eber Omar Betanzos disse que os drones (aeronaves não tripuladas), solicitados pela Procuradoria já estão prontos para ser usados.

Por outro lado, Bentazos contou que se reuniu na terça-feira com Carlos Beristain, do Grupo Interdisciplinar de Especialistas Independentes designado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para colaborar nas investigações do caso, e com Omar Gómez, secretário-executivo do mesmo grupo.

O objetivo da reunião foi estabelecer as bases do plano de trabalho a ser desenvolvido com o grupo, durante o meio ano de extensão do seu mandato no México, explicou Eber Omar Betanzos.

Enfatizou que independentemente de o prazo vir a ser prorrogado, a Procuradoria vai continuar a investigar. “E, com isto, quero também mencionar que o facto de a prorrogação ser de seis meses não significa necessariamente que a investigação termine em seis meses”.

A CIDH anunciou, nesta quinta-feira, que o grupo de especialistas selecionado para investigar o desaparecimento dos 43 estudantes da escola de professores de Ayotzinapa, no município de Iguala, estado de Guerrero, continuará a trabalhar no caso até 30 de abril de 2016, período que pode ser estendido.

Na noite de 26 de setembro de 2014, e após violentos incidentes que provocaram seis mortos entre os jovens, os estudantes de uma escola do magistério primário foram entregues por policiais a membros do grupo Guerreros Unidos, que tem ligações com o narcotráfico, e supostamente os assassinaram e incineraram, ao confundi-los com membros de um gang rival.

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