Prisão: Viveros é suspeito de ter cometido os crimes nos Estados de Jalisco e Guerrero, e de ter ligação direta com ao menos 10 sequestros (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 14h02.
Cidade do México - A polícia mexicana prendeu um homem no Estado de Jalisco suspeito de orquestrar uma série de crimes, incluindo mais de 200 assassinatos, informou o Ministério do Interior nesta terça-feira.
Felipe Viveros, de 30 anos, foi capturado junto com José Bernabe, de 43 anos, e Froylan Barrera, de 40, disse o ministério em comunicado, sem indicar quando os três foram presos.
Eles são suspeitos de envolvimento em crimes que incluem sequestro, extorsão e tráfico de armas, mas apenas Viveros é considerado suspeito de ter ordenado os homicídios, de acordo com o comunicado.
"Presume-se que Viveros ordenou e participou de mais de 200 assassinatos cometidos contra vítimas de sequestro, membros de gangues rivais e traficantes de drogas. Ele também foi identificado como um dos chefes de um grupo de extorsão a várias autoridades em Jalisco", disse o comunicado.
Viveros é suspeito de ter cometido os crimes nos Estados de Jalisco e Guerrero, e de ter ligação direta com ao menos 10 sequestros. Bernabe e Barrera são suspeitos de terem fornecido informações, segurança e comunicação para vários grupos criminosos.
Os Estados de Jalisco, Guerrero e Michoacán, no oeste do país, tornaram-se o centro da violenta guerra do narcotráfico nos últimos meses. Cartéis rivais travam confrontos regularmente entre si e com as forças de segurança.
Na segunda-feira, autoridades mexicanas encontraram os corpos de oito vítimas de sequestro, alguns sem membros, em uma estrada de Guerrero.
Mais de 80 mil pessoas morreram desde que o ex-presidente Felipe Calderón enviou tropas militares para combater as gangues do narcotráfico em 2007.
O número de homicídios caiu desde a posse do novo presidente, Enrique Peña Nieto, no ano passado. Ainda assim, cerca de mil pessoas são mortas a cada mês devido ao tráfico de drogas, e os índices de sequestro e extorsão subiram, o que levou alguns críticos a questionarem as táticas de Peña Nieto para enfrentar a violência.