Bolívia: Evo Morales renunciou neste domingo após semanas de protestos (Courtesy of Bolivian Presidency/Reuters)
AFP
Publicado em 10 de novembro de 2019 às 21h31.
Última atualização em 10 de novembro de 2019 às 22h34.
O México ofereceu neste domingo asilo político a Evo Morales após sua renúncia à presidência da Bolívia e depois que a embaixada mexicana na Bolívia deu abrigo a funcionários e parlamentares alinhados ao governo de Morales, informou o chanceler mexicano Marcelo Ebrard.
"O México, conforme sua tradição de asilo e não intervenção, recebeu 20 personalidades do Executivo e do legislativo da Bolívia na residência oficial em La Paz, de modo que ofereceríamos asilo também a Evo Morales", escreveu Ebrard em sua conta no Twitter.
Em uma mensagem anterior, Ebrard denunciou que na Bolívia "há uma operação militar em curso" e classificou o ocorrido de "golpe".
O presidente, Andrés Manuel López Obrador, elogiou Morales no Twitter por ter renunciado para apaziguar a conturbada situação na Bolívia, abalada por manifestações opositoras, um motim de policiais e o pedido de militares para que renunciasse.
"Reconhecemos a atitude responsável do presidente da Bolívia, Evo Morales, que preferiu renunciar a expor seu povo à violência", escreveu López Obrador.
Obrador disse que em sua coletiva de imprensa na manhã de segunda-feira dará uma posição mais ampla sobre a situação na Bolívia. Pela manhã, em um vídeo nas redes sociais, havia apoiado as novas eleições convocadas por Morales.
Morales, no poder desde 2006, renunciou neste domingo depois de perder o apoio das Forças Armadas e da Polícia.