Turista mexicana ferida no deserto do Egito: os turistas teriam sido confundidos com combatentes jihadistas, muito ativos no país (Mohamed el-Shahed/AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2015 às 09h01.
O governo do México exigiu nessa quinta-feira (17) das autoridades egípcias as garantias necessárias para que as famílias das vítimas do ataque de domingo (13) recebam uma indenização, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
No domingo, 12 pessoas morreram, incluindo oito mexicanos, na sequência de um bombardeio aéreo das forças de segurança contra um grupo de turistas no Deserto Ocidental.
Eles teriam sido confundidos com combatentes jihadistas, muito ativos no país, sobretudo após a destituição forçada pelo militares do ex-presidente Mohamed Morsi, em julho de 2013.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros informou, em comunicado, que, segundo instruções da ministra dos Negócios Estrangeiros, Claudia Ruiz Massieu, o subsecretário Carlos de Icaza convocou o embaixador do Egito, Yasser Shaban, para apresentar nota diplomática.
Na nota, o governo mexicano "exige as garantias necessárias para que as vítimas do trágico e lamentável ataque ocorrido no dia 13 de setembro, todas elas civis inocentes e seus familiares, recebam a reparação integral do dano, incluindo a indenização”.
As autoridades mexicanas voltaram a pedir ao governo egípcio “uma investigação exaustiva, transparente e profunda que proporcione, sem demora, uma explicação objetiva dos fatos e apure as responsabilidades”, para punição de acordo com as normas internacionais".
Os seis turistas mexicanos feridos no ataque de domingo no Egito iniciaram a viagem de volta ao México ontem, juntamente com a ministra Claudia Ruiz Massieu.
A bordo do avião presidencial também seguiram os parentes das vítimas, tanto dos feridos, quanto dos mortos, cujos corpos serão repatriados quando forem concluídas as investigações das autoridades egípcias. A chegada do avião ao aeroporto da Cidade do México é aguardada hoje.
O Egito diz que os turistas entraram em “área restrita” do Deserto Ocidental e foram mortos “por engano” pelas forças de segurança. Elas perseguiam um grupo de jihadistas que tinham raptado e matado um egípcio acusado de colaborar com as Forças Armadas.