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México encerrará buscas por sobreviventes de terremoto na 5ªfeira

Tremor de magnitude 7,1 que matou 326 pessoas e danificou 11 mil casas completou hoje uma semana

Terremoto no México: ainda estão desaparecidas 43 pessoas, incluindo 40 que podem estar soterradas debaixo de um prédio de escritórios (Henry Romero/Reuters)

Terremoto no México: ainda estão desaparecidas 43 pessoas, incluindo 40 que podem estar soterradas debaixo de um prédio de escritórios (Henry Romero/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de setembro de 2017 às 08h54.

Cidade do México - As equipes de resgate dificilmente encontrarão mais sobreviventes do terremoto do México soterrados nos escombros e encerrarão as operações para encontrá-los no final de quinta-feira, informou o chefe dos serviços de emergência.

Nesta terça-feira se completa uma semana desde que o tremor de magnitude 7,1 ocorreu perto da hora do almoço local, matando 326 pessoas e danificando 11 mil casas, o que levou a uma multidão de voluntários empenhados em ajudar e confortar as vítimas.

Luis Felipe Puente, coordenador da Defesa Civil do México, disse à Reuters que os socorristas continuarão a trabalhar em quatro locais, mas que escavarão as ruínas manualmente até quinta-feira.

"Posso dizer que, a esta altura, seria improvável encontrar alguém vivo", disse Puente, considerando que cães especialmente treinados ainda não encontraram sobreviventes pelo cheiro.

Ainda estão desaparecidas 43 pessoas, incluindo 40 que podem estar soterradas debaixo de um prédio de escritórios que desabou no bairro de Roma, na Cidade do México, segundo Puente.

Acredita-se que ainda há uma pessoa desaparecida em cada um dos três outros locais de buscas na capital.

Indagado sobre quanto tempo mais as operações de busca e resgate durarão, o funcionário respondeu: "No dia de hoje (segunda-feira), combinamos mais 72 horas".

A semana começou com sinais de que o país está retomando sua rotina -- as ruas voltaram a ter trânsito e mais de 44 mil escolas de seis Estados reabriram.

Mas na capital só 103 das mais de 8 mil escolas públicas e particulares retomaram as aulas.

O terremoto, que aconteceu exatamente 32 anos depois de um sismo matar cerca de 10 mil pessoas em 1985, foi um golpe psicológico arrasador que, segundo especialistas, exigirá tempo para ser superado.

"As crianças estão em crise e não querem falar. Algumas nem lembram seus nomes", disse Enriqueta Ortuno, psicoterapeuta de 57 anos que está trabalhando com vítimas em Xochimilco, bairro extremamente afetado pelo abalo.

Grande parte da atenção no país se concentrou em uma escola da Cidade do México na qual 19 crianças e sete adultos morreram.

A escola está entre os muitos edifícios que os procuradores investigarão, disse Puente. Cerca de 10 por cento dos prédios danificados foram erguidos depois da adoção de códigos de construção rigorosos na esteira do tremor de 1985.

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